02 jan, 2023 - 18:15 • Rosário Silva
O ministro das Finanças, Fernando Medina, "é um peso morto no Governo" e devia pedir a demissão, afirma o presidente do PSD, Luís Montenegro.
O líder social-democrata falava minutos depois de serem conhecidos os sucessores de Pedro Nuno Santos no Governo. João Galamba é o novo ministro das Infraestruturas e Mariana Gonçalves é a nova ministra da Habitação.
“Ninguém sabe que Governo é este que depois de nove meses de mandato já perdeu titulares de ministérios em áreas fundamentais como a saúde ou a mobilidade e a habitação. Já perdeu um adjunto direto do primeiro-ministro e também já perdeu o ministro das Finanças”, ironizou.
“A propósito da secretária de Estado do Tesouro demissionária, o ministro das Finanças já perdeu a sua autoridade política. Um ministro das Finanças sem autoridade política é um peso morto no Governo. O ministro das Finanças já tinha dado completamente sinais errados e imprevidentes no verão, mas agora a situação é intolerável”, referiu Montenegro.
"Se o ministro das Finanças não sabia do percurso nos últimos meses da pessoa que convidou, percurso ele no qual até participou parcialmente, isso significa displicência e negligência grosseira”, prosseguiu o presidente do PSD.
Mas se "o ministro das Finanças, pelo contrário, sabia e está a ocultar a verdade, isso significa inaptidão para ser membro do Governo”, sublinhou.
O presidente do PSD acusou ainda o primeiro-ministro se ser o único responsável pela atual crise governativa que se vive em Portugal.
“A crise do Governo só tem um responsável: António Costa”, afirmou na declaração feita nesta tarde de segunda-feira.
“No momento da maior crise do Governo, o primeiro-ministro desapareceu. Ninguém o ouviu nestes dias, não deu explicações e vai reaparecer hoje de braços caídos, a ir ao banco de reservas fazer uma remodelação que, em bom rigor, nem isso é. Não entra ninguém novo no Governo na altura mais critica da vida do Governo”, continuou.
Para o líder do PSD, "o Dr. António Costa perdeu definitivamente a capacidade de recrutamento. Estas promoções são simplesmente ir buscar aparelho ao aparelho”.
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Ainda assim, Montenegro considera que "este não é um tempo para abrirmos uma crise política em cima de uma crise social que atinge tão fortemente as famílias e as empresas portuguesas", porém "estamos e estaremos aqui para sermos oposição hoje e alternativa de Governo amanhã”.
“O PSD não tem pressa não tem pressa para ir para o Governo, mas o país tem pressa de ter um bom Governo e, por isso, sentimos que são cada vez mais os portugueses que querem e ambicionam um Governo do PSD”, acrescentou.
O líder social-democrata sisse ainda que “Portugal e os protugueses não querem, e creio que não gostam, de interrupções de legislaturas, mas se essa hora chegar estaremos preparados e não faltamos a Portugal”.
Já a terminar, garantiu que o seu partido "será sempre um porto de abrigo, um porto seguro para construirmos o futuro de Portugal. Não nos resignamos a pântanos, a banca rotas e muito menos ao empobrecimento. Não queremos Portugal na cauda da Europa. Temos uma nova força e trataremos de dar a Portugal um novo caminho”.