Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Carlos Moedas diz que "nada muda" com renúncia de vereador do PS

06 jan, 2023 - 17:56 • Lusa

Presidente da Câmara de Lisboa revela que, desde que foi indicado para a administração do Metro, João Paulo Saraiva se fazia substituir nas reuniões.

A+ / A-

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse nesta sexta-feira que ainda não recebeu o pedido de renúncia do socialista João Paulo Saraiva ao cargo de vereador e que soube através das notícias, considerando que "nada muda".

"Ainda não recebi nada, oficialmente, sobre a renúncia do senhor vereador João Paulo Saraiva, ou seja, li nas notícias que isso tinha acontecido ontem à noite ou que haveria essa intenção, mas, neste momento, não recebi nada", afirmou o social-democrata, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração de um novo troço do Eixo Central na Alta de Lisboa.

Considerando que deveria ter sido informado em vez de saber através das notícias, Carlos Moedas referiu que "nada muda" com a saída de João Paulo Saraiva do executivo camarário, até porque "desde há muito tempo que o senhor vereador se fazia substituir nas reuniões".

"Já há algum tempo que o senhor vereador não vinha às reuniões, desde que foi indicado para a administração do Metro", apontou o autarca do PSD, que governa sem maioria absoluta.

Questionado se considera que a oposição do PS perde peso, o presidente da Câmara de Lisboa desvalorizou essa possibilidade e afirmou que a preocupação é convencer os vereadores da oposição das medidas que defende para melhorar a vida das pessoas.

"Vamos continuar a trabalhar como trabalhámos com todos. Sempre tive uma grande abertura, que os vereadores da oposição pudessem até participar, de forma clara, naquilo que é a construção da cidade, portanto vou continuar a convidá-los para participar, continuar a partilhar aquilo que é o meu projeto para a cidade, seja do PS, seja dos Cidadãos Por Lisboa, seja de outra força política", assegurou Carlos Moedas, referindo que a indicação que tem é de que a substituição de João Paulo Saraiva "será feita não por alguém do PS, mas dos Cidadãos Por Lisboa".

O socialista João Paulo Saraiva renunciou ao cargo de vereador na Câmara de Lisboa, decisão que se prende com as funções que assumiu, em julho, na administração executiva do Metropolitano de Lisboa, revelou nesta sexta-feira fonte da vereação do PS.

O pedido de renúncia de João Paulo Saraiva foi noticiado pelo jornal "online" Observador, tendo fonte da vereação do PS na Câmara de Lisboa confirmado hoje à agência Lusa.

A mesma fonte adiantou que está prevista para esta sexta-feira uma reunião com o movimento político Cidadãos Por Lisboa, que conta com uma vereadora no executivo camarário, Paula Marques, que foi eleita pela coligação PS/Livre.

Após essa reunião, "pode haver novidades sobre o substituto" de João Paulo Saraiva no executivo camarário de Lisboa, informou.

Desde a tomada de posse dos eleitos aos órgãos autárquicos de Lisboa para o mandato 2021-2025, em 18 de outubro de 2021, a saída de João Paulo Saraiva é a segunda na vereação do PS, que conta com cinco eleitos.

A primeira foi a do socialista Miguel Gaspar, em novembro de 2022, que justificou a renúncia ao cargo com motivos profissionais.

Tanto João Paulo Saraiva como Miguel Gaspar tinham integrado o anterior executivo municipal de Lisboa, sob a presidência de Fernando Medina, que perdeu a reeleição contra o social-democrata Carlos Moedas.

Além dos socialistas, a câmara perdeu uma eleita pela coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), Laurinda Alves, que renunciou ao cargo de vereadora por motivos de saúde, em outubro de 2022, sendo substituída por Sofia Athayde (CDS-PP).

No atual mandato, Carlos Moedas governa sem maioria absoluta, com sete eleitos da coligação "Novos Tempos" entre os 17 elementos que compõem o executivo camarário, contando com 10 eleitos na oposição, todos sem pelouros atribuídos, nomeadamente cinco vereadores do PS, dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente do Cidadãos Por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+