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Ministério da Defesa abre processo de averiguações a caso de violência na formação do Exército

06 jan, 2023 - 20:50 • João Malheiro

O "Diário de Notícias" dá conta de processos disciplinares instaurados pelo Exército a três militares envolvidos nas agressões à militar em formação no Regimento de Apoio Militar de Emergência

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O Ministério da Defesa vai abrir "um novo processo urgente de averiguações" a um possível caso de "práticas violentas em atividades de formação" do Exército.

Esta sexta-feira, o "Diário de Notícias" dá conta de processos disciplinares instaurados pelo Exército a três militares envolvidos nas agressões à militar em formação no Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), incluindo a própria queixosa.

""De acordo com o que foi apurado pelo Exército até ao momento, tratou-se de um desentendimento entre duas militares em formação no RAME, com alegadas agressões físicas e verbais, ocorrido entre os dias 28 e 29 de novembro, envolvendo uma Soldado-graduado, do 8.º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército 2022, e uma Soldado-graduado do 7.º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército", refere fonte oficial do gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), citada pelo "Diário de Notícias".

Já esta noite, em comunicado, a ministra da Defesa afirma que tomou conhecimento deste processo "com grande preocupação" e refere que as práticas podem ter sido "muito mais graves do que as que constavam do processo de averiguações e processos disciplinares já em curso pelo Exército naquela unidade militar".

"A ministra da Defesa Nacional repudia veementemente comportamentos atentatórios da dignidade das pessoas, que são totalmente inaceitáveis e incompatíveis com os valores e princípios fundamentais que norteiam as Forças Armadas e o trabalho quotidiano dos militares que nelas servem", lê-se, na nota enviada à comunicação social.

O Governo garante que a ministra da Defesa acompanhará o processo que "de cujas conclusões serão retiradas todas as consequências".

Comentários
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  • Digo
    07 jan, 2023 Eu 18:07
    A Policia Judiciaária Militar que investigue o caso e que se castigue, quem tm de ser castigado. Mas não esqueçamos os graves problemas de que padecem as Forças (Des)Armadas: penúria de efetivos, carências de material, industria militar e entidades de apoio inexistentes, crimes e corrupção. Metade da Marinha está encostada ao cais por falta de efetivos e manutenção. A Força aérea praticamente não voa. 2 unidades de paraquedistas não treinam porque não há 1 avião sequer disponível para usar para saltos em para-quedas. O material empilha-se por falta de manutenção. A Artilharia também não treina por falta de munições... Os problemas são mais que muitos e esperemos que a Ministra não fique "ofuscada" pelas questões de género, em vez de resolver os problemas do setor.
  • EU
    07 jan, 2023 PORTUGAL 11:20
    Há uns tempos atrás, aqui RR, falei sobre o comportamento arrogante de MUITOS militares que nos DAVAM tanto a recruta como durante a especialidade. O relato desta Militar é FOTOCÓPIA daquilo que presenciei e PASSEI em Vendas Novas. Acredito mais na versão da Militar do que nas alegações dos OUTROS. É altura de dizer BASTA ao EXIBICIONISMO de certos GRADUADOS.

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