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Rui Rocha quer triplicar o resultado da IL nas legislativas

07 jan, 2023 - 17:00 • Manuela Pires

O Candidato à liderança da Iniciativa Liberal quer ter 15% dos votos nas próximas legislativas e recusa coligações pré-eleitorais. Rui Rocha admite acordos pós-eleições com o PSD, de fora fica o PS, PCP, BE e o CHEGA.

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Alcançar 15% dos votos nas eleições legislativas, eleger 1 eurodeputado, e dois deputados em cada uma das regiões autónomas, Madeira e Açores. Eis os objetivos eleitorais traçados por Rui Rocha, candidato à liderança da Iniciativa Liberal, na moção de estratégia intitulada “Liberalismo para todos”.

O candidato que se apresenta como a alternativa de continuidade do partido, escolheu para a comissão executiva mais de metade dos nomes que integram a atual direção do partido. Dos 24 membros efetivos da comissão executiva proposta por Rui Rocha, dois são deputados e 13 integram à direção de João Cotrim de Figueiredo.

Na moção de estratégia, a que a Renascença teve acesso, Rui Rocha define também o posicionamento do partido quanto a coligações pré e pós-eleitorais.

“A Iniciativa Liberal apresenta-se, regra geral, a atos eleitorais sozinha, recusando coligações pré-eleitorais”, o que pode acontecer para as autarquias em casos pontuais. Depois das eleições, pode haver lugar a acordos ou coligações, mas apenas com o PSD.

“A Iniciativa Liberal não celebrará, em nenhum dos atos eleitorais quaisquer acordos com o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português ou o Chega”, lê-se no documento.

Com mais dois candidatos na corrida à liderança da iniciativa Liberal, Carla Castro e José Cardoso, o deputado Rui Rocha assegura que, na sua equipa, estão as mesmas pessoas que “trouxeram o partido até ao atual sucesso, e têm experiência para organizar campanhas politicamente bem-sucedidas quer aconteçam no período regular ou de forma antecipada” escreve o candidato à liderança.

No caso das eleições legislativas antecipadas, os liberais querem sentar mais deputados na bancada e eleger pelo menos em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Leiria e Aveiro. Nesta altura os 8 deputados foram eleitos em 4 distritos.

Uma aplicação para liberais

Para fazer face às críticas de alguns dirigentes do partido que acusam a atual direção de falta de democracia interna e para aproximar os membros com o trabalho da comissão executiva, a candidatura de Rui Rocha vai criar o Portal do Membro, uma aplicação móvel onde os membros poderão enviar sugestões ou pedir esclarecimentos de forma direcionada.

Rui Rocha quer ter, a trabalhar a tempo inteiro, uma equipa para dar apoio a autarcas e aos núcleos do partido espalhados pelo país, alargar a formação e baixar as quotas aos membros de 60 euros para 40 euros.

O liberal quer ainda um código de conduta relativo à política de compras, que coloque “restrições comerciais entre sociedades participadas por dirigentes do partido, ou seus familiares, e a Iniciativa Liberal”.

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