11 jan, 2023 - 18:34 • Lusa
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta quarta-feira que a alienação do capital da TAP pode ser parcial ou total, um processo ainda em curso, mostrando-se seguro de que a bandeira portuguesa continuará a decorar os aviões da companhia aérea e pedindo "estabilidade" para o processo de venda.
"A grande prioridade que temos é que seja mantida a estabilidade necessária para que possa decorrer em bom termo o processo de alienação parcial ou total da participação do Estado na empresa", afirmou António Costa, durante o debate sobre política geral, na Assembleia da República.
O primeiro-ministro respondia às questões do deputado do Chega Filipe Maia que apelou à demissão da administração da empresa: "Demita urgentemente a administração da TAP, antes que a administração da TAP o demita a si".
O parlamentar desafiou António Costa, questionando como é que "uma senhora" (referindo-se à presidente da TAP) "consegue demitir um ministro, duas secretárias de Estado e deixa outro ministro à porta da demissão", invocando ainda o que classificou como um "ano de 2022 catastrófico para a empresa".
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António Costa reiterou que o executivo aguarda a apresentação de resultados da empresa no ano passado, mas mostrou-se confiante.
"Os resultados que temos conhecimento não apontam no sentido dessa catástrofe que indica. Pelo contrário, a indicação que temos neste momento é que em 2022, porventura, a TAP atingiu resultados que de acordo com o plano de reestruturação só estavam previstos para daqui a uns anos. Vamos aguardar pelos resultados finais", disse.
O primeiro-ministro mostrou-se ainda confiante de que a bandeira portuguesa continuará a fazer parte da frota de aviões da companhia aérea.
"Eu não sei se é mesmo nas asas, se é no corpo do avião, se é na cauda. Estou certo e seguro que a bandeira verde e vermelha continuará a decorar os aviões da TAP", disse, após o deputado do Chega ter lamentado a injeção de dinheiro na companhia e depois "lá pôr uma bandeira alemã, francesa ou de qualquer outra nacionalidade que não vai servir os portugueses, fazer a ligação às comunidades".