19 jan, 2023 - 13:32 • Tomás Anjinho Chagas
O Ministério Público não esclarece se os executivos de António Costa que governaram a Câmara de Lisboa entre 1 de agosto de 2007 e 6 de abril de 2015 são visados nas buscas que ocorreram terça-feira à noite na autarquia da capital.
Em resposta às perguntas da Renascença, sobre o possível envolvimento de António Costa no inquérito, a Procuradoria Geral da República confirma “apenas a realização de buscas no âmbito de um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa”.
Sublinhando que o processo está sujeito a segredo de justiça, a PGR esclarece ainda que o inquérito “não tem arguidos constituídos”.
Ficam por responder as perguntas sobre qual é o período temporal sobre o qual incidem as investigações, e se o atual primeiro-ministro está, ou não, implicado.
Esta quinta-feira, Carlos Moedas também não esclareceu se os anos em que António Costa liderou a autarquia lisboeta são visados.
Apesar de a PGR não explicar se os executivos de António Costa estão, ou não, envolvidos, a CNN Portugal noticiou ontem que o processo incide sobre os anos em que Fernando Medina era presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Em causa está uma nomeação de prestação de serviços para a gestão de obras na capital, assinada por Fernando Medina, o presidente da Câmara da altura e atual ministro das Finanças, indica a CNN Portugal.
A empresa contratada pertencia a Joaquim Morão, um histórico socialista de Castelo Branco, que será um dos suspeitos, juntamente com o amigo e empresário António Realinho.
As autoridades investigam suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação, nos anos de 2015 e 2016.