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Chega. Ana Catarina Mendes lamenta "discurso de ódio"

29 jan, 2023 - 20:10 • Lusa

Ministra dos Assuntos Parlamentares marcou presença na convenção do partido e diz que "há todo um mundo que distingue" o Chega do Governo.

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A ministra dos Assuntos Parlamentares lamentou hoje o "discurso de ódio" que considerou ter marcado o encerramento da V Convenção do Chega, em Santarém, sublinhando que "há todo um mundo que distingue" aquele partido do Governo.

Sublinhando que o Governo marcou presença, respondendo a um convite institucional, Ana Catarina Mendes frisou a "distância total e nenhum ponto de contacto do Governo com o partido Chega".

"Aquilo que aqui ouvimos foi um incitamento ao ódio", declarou, acrescentando que o Governo "não se revê em nenhuma das posições que o Chega" apresentou no final da convenção que decorreu desde a noite de sexta-feira no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.

Ana Catarina Mendes assistiu ao encerramento do encontro, no qual se ouviram os intervenções de dirigentes de oito partidos da extrema-direita europeia e o discurso final de André Ventura, reeleito sábado presidente do Chega, com 98,3% dos votos dos mais de 600 congressistas presentes no encontro máximo do partido.

"Aquilo a que assistimos é aquilo que nunca defenderemos, um discurso de ódio, um discurso de desrespeito para com os portugueses, um discurso de ataque, de portugueses contra portugueses. O Governo continuará a trabalhar como sempre para reforçar a democracia, para respeitar as nossas instituições", afirmou.

Ana Catarina Mendes lembrou que a Europa vive hoje uma guerra, "que é cultivada pelos discursos de ódio e que é motivada pelo individualismo e pela falta de cultura daquilo que deve ser a cooperação, que deve ser uma União Europeia que foi criada para que haja paz, justiça social e cooperação entre todos".

Por isso, afirmou, num cenário de guerra, com a inflação em alta, "o Governo não se desviará do que tem de fazer", respondendo "às necessidades dos portugueses" e mantendo "um Estado social forte, que proteja todos, os que cá estão e os que cá chegam".

"Portugal é um país que acolhe o Mundo, que acolhe todos os que aqui chegam, que têm o direito e merecem ser tratados com a dignidade que se impõe", acrescentou.

Questionada sobre o tema que marcou a convenção, a de um acordo do Chega com o PSD, a ministra dos Assuntos Parlamentares disse que não iria comentar, por não ter sido o que ouviu.

"O que ouvi aqui foi um incitamento ao ódio e isso é contra a democracia", afirmou.  .

 .

MLL // JPS.

Lusa/Fim.

Comentários
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  • ze
    30 jan, 2023 aldeia 10:11
    Se dizer as verdades e apontar soluções para o país e para o povo é discurso de ódio!.....ou será que se está a referir ás intervenções do presidente da assembleia em relação ao chega?

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