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Abusos

PSD lamenta que responsáveis da Igreja "não estejam a ser suficientemente diligentes"

07 mar, 2023 - 00:00 • Lusa

Montenegro avisou que "os portugueses, todos, não compreendem esta passividade, independentemente de todos os cidadãos, incluindo aqueles que estão envolvidos nestes casos terem direito à sua defesa".

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O presidente do PSD lamentou esta segunda-feira à noite que os responsáveis da Igreja Católica "não estejam a ser suficientemente diligentes" para "concretizar consequências" do relatório da comissão independente sobre os abusos sexuais naquela instituição.

"Lamento profundamente que a Igreja católica e os seus reesposáveis não estejam a ser suficientemente diligentes em tomar medidas que possam concretizar consequências relativamente ao relatório que foi conhecido e entregue à cúpula da Igreja", afirmou Luís Montenegro, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, à margem de uma sessão do Clube dos Pensadores.

Montenegro avisou que "os portugueses, todos, não compreendem esta passividade, independentemente de todos os cidadãos, incluindo aqueles que estão envolvidos nestes casos terem direito à sua defesa".

"Não queremos anular esse direito mas evidentemente que há posições, diligências, que podem e devem ser efetuadas a bem da própria igreja e d confiança do povo português, em especial dos fieis, na sua direção", referiu.

No domingo, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, declarou que a Igreja poderia atuar se tivesse factos para juntar aos nomes que constam da lista apresentada.

"Aquilo que nos foi entregue pela Comissão Independente foi uma lista de nomes. Se essa lista de nomes for preenchida por factos, tanto nós como as autoridades civis podemos atuar", disse Manuel Clemente.

A Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.


Se foi vítima de abuso ou conhece quem possa ter sido, não está sozinho e há vários organismos de apoio às vítimas a que pode recorrer:

- Serviço de Escuta dos Jesuítas , um “espaço seguro destinado a acolher, escutar e apoiar pessoas que possam ter sido vítimas de abusos sexuais nas instituições da Companhia de Jesus.

Telefone: 217 543 085 (2ª a 6ª, das 9h30 às 18h) | E-mail: escutar@jesuitas.pt | Morada: Estrada da Torre, 26, 1750-296 Lisboa

- Rede Care , projeto da APAV, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que “apoia crianças e jovens vítimas de violência sexual de forma especializada, bem como as suas famílias e amigos/as”.

Com presença em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Setúbal, Santarém, Algarve, Alentejo, Madeira e Açores.

Telefone: 22 550 29 57 | Linha gratuita de Apoio à Vítima: 116 006 | E-mail: care@apav.pt

- Comissões Diocesanas para a Protecção de Menores . São 21 e foram criadas pela Conferência Episcopal Portuguesa.

São constituídas por especialistas de várias áreas, recolhem denúncias e dão “orientações no campo da prevenção de abusos”.

Podem ser contactadas por telefone, correio ou email.

Para apoiar organizações católicas que trabalham com crianças:

- Projeto Cuidar , do CEPCEP, Centro de Estudos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica

Se pretende partilhar o seu caso com a Renascença, pode contactar-nos de forma sigilosa, através do email: partilha@rr.pt

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