08 mar, 2023 - 21:31 • Lusa
O presidente do PSD, Luís Montenegro, lamentou hoje a decisão do deputado da Iniciativa Liberal de romper o apoio ao governo de coligação nos Açores, mas considerou que continua a haver "todas as condições de governabilidade" naquela região autónoma.
Em Braga, à margem de um jantar com mulheres empreendedoras, Montenegro desafiou também o PS a apresentar uma moção se censura, se entender que não há condições de governabilidade nos Açores. "E, com isso, a situação política ficará clarificada", referiu.
O deputado da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento dos Açores rompeu hoje o acordo de incidência parlamentar feito com o PSD para apoio ao governo de coligação que inclui também o CDS-PP e o PPM.
O deputado justificou a decisão com a "força que os parceiros do PSD na coligação de Governo fazem todos os dias para que nada mude e pela incapacidade deste PSD em promover a devida estabilidade junto dos seus parceiros de coligação".
Para Luís Montenegro, neste momento continua a haver "todas as condições de governabilidade" na Região Autónoma dos Açores.
"O Governo Regional tem um Orçamento aprovado, tem um plano aprovado. O próprio partido que rompeu o acordo não quer a demissão do Governo e, portanto, está predisposto a continuar a apoiá-lo caso a caso no Parlamento regional. E, nessa medida, eu diria que estão reunidas as condições para o Governo continuar o seu caminho", afirmou.
Montenegro sublinhou insurgiu-se também contra a criação de uma crise política nos Açores.
"Nós não estamos desse lado, nós estamos do lado da estabilidade", disse ainda, apontando que quem criar uma crise política terá de assumir as responsabilidades.
Sobre a proposta do Chega para o Governo Regional apresentar uma moção de confiança, Montenegro contrapôs que os partidos que acharem que não há condições de governabilidade é que devem avançar com uma moção de censura.
"Nós, no PSD, não vamos dramatizar, mas também não vamos ficar aqui estáticos politicamente, vamos continuar a fazer o nosso trabalho, a prosseguir o nosso trabalho", concluiu.