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Inflação

Medina insiste que IVA zero em alguns bens essenciais não resolve preços incomportáveis

14 mar, 2023 - 14:47 • Lusa

Ministro das Finanças defende que contrariar o aumento dos preços só é possível se o Governo "reforçar o rendimento das famílias mais vulneráveis e concentrar aí os esforços".

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O ministro das Finanças insistiu esta terça-feira que a eliminação do IVA em certos produtos não resolve o problema dos preços elevados, por exemplo, nos alimentos, e que o Governo está a acompanhar todos os cenários possíveis de atuação. .

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o Governo português eliminar o IVA de produtos considerados bens essenciais, como aconteceu em Espanha, Fernando Medina rejeitou a ideia: "Já me pronunciei mais do que uma vez, nós não a consideramos como uma medida prioritária pelas consequências que já foram visíveis nos países que a aplicaram.".

Na ótica do ministro das Finanças português, contrariar o aumento dos preços só é possível se o Governo "reforçar o rendimento das famílias mais vulneráveis e concentrar aí os esforços".

"São as famílias que decidem, em última instância, o que é que é melhor e que escolhas podem fazer melhor", acrescentou, no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE), em Bruxelas (Bélgica).

Nesse sentido, o governante socialista enunciou as medidas, como o aumento "muito significativo" do salário mínimo este ano (está fixado nos 760 euros), e a subida das prestações sociais mais baixas.

"Está também nas recomendações europeias uma revisão dos mecanismos de apoio às reduções de preços que os vários países colocaram em vigor, nas várias áreas, tornando-os mais seletivos relativamente aos públicos mais frágeis e mais vulneráveis, e é isso que nós faremos também", completou, assumindo que o executivo socialista está a acompanhar o que é feito nos restantes Estados-membros da UE e a procurar as soluções "mais eficazes".

Em Espanha, um dos países que adotou a política de "IVA zero" em certos produtos, a medida acabou por fazer com que os preços subissem na produção, anulando o benefício que traria e agravando a situação já deteriorada pelo agravamento da inflação nos últimos meses.

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  • Americo
    14 mar, 2023 Leiria 17:04
    Boa tarde. Como Português, tenho vergonha e penso que não é nada ético o governo estar a encher os cofres com o iva da inflação. De notar que casa aumento dos produtos, o governo aumenta a sua receita, em 6, 13 ou 23%. É imoral. Quem acredita mais nesta gente ? Lembram-se quando nos prometiam que a inflação não duraria mais de dois meses ? Pois é. É a mesma gente. Vamos acreditar até quando ? O maior beneficiado da inflação, são os cofres do estado. Obrigado.

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