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Montenegro chama assessor de Rangel em Bruxelas para chefe de gabinete

27 mar, 2023 - 16:31 • Susana Madureira Martins

Pedro Esteves sai de Bruxelas após mais de uma década como assessor de Paulo Rangel no Parlamento Europeu e passa a ser chefe de gabinete de Luís Montenegro. A transferência acontece no ano em que o ciclo eleitoral arranca com as eleições na Madeira e a um ano das eleições europeias de 2024

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Paulo Rangel vai ficar em breve sem um dos seus elementos mais próximos no Parlamento Europeu, abrindo mão de Pedro Miguel Esteves que segue para a sede do PSD para ser chefe de gabinete de Luís Montenegro, sabe a Renascença.

Há mais de uma década que Esteves era assessor do ponta de lança do PSD em Bruxelas e é um dos homens de confiança de Rangel, fazendo a ponte entre a comunicação e a estratégia política.

É natural do distrito de Aveiro, tal como Luís Montenegro, trata-se de um verdadeiro operacional que conhece bem as estruturas do partido, tendo sido diretor de campanha do eurodeputado na campanha interna para as diretas contra Rui Rio em 2021.

Pedro Esteves acompanhou de perto as três campanhas de Rangel para o Parlamento Europeu e trata-se de um profundo conhecedor do meio político de Bruxelas. A transferência em breve para a sede do PSD, sabe a Renascença, foi concertada com o próprio vice-presidente do partido.

Conhecida a lealdade de Esteves ao vice-presidente do PSD, é garantido à Renascença por fonte social-democrata que esta transferência de Esteves para a direção nacional não dá qualquer indicação da vontade ou não de Rangel integrar ou não a lista do partido às europeias de 2024. É uma mexida interna com os olhos postos nas eleições legislativas de 2026 ou quando acontecerem.

Montenegro foi eleito líder em 2022 e não tinha até agora chefe de gabinete. Esteves entra em cena no ano em que se inicia o ciclo eleitoral. Em setembro há eleições na Madeira, sendo que a direção do PSD amite ser possível reconquistar a maioria absoluta. E dentro de um ano realizam-se as eleições europeias, consideradas críticas pelo líder do PSD, que já admitiu mesmo pedir legislativas antecipadas logo a seguir.

No caso de a legislatura não ser interrompida, Montenegro sujeita-se a eleições internas no PSD em 2024, e sendo eleito, entra nos meses a seguir em modo de campanha eleitoral para as legislativas, que, no fundo, é o objetivo supremo do líder do PSD.

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