10 abr, 2023 - 13:09 • Susana Madureira Martins , Daniela Espírito Santo
André Ventura desafiou, esta segunda-feira, o PSD a apresentar uma moção de censura ao Governo. O líder do Chega deu uma conferência de imprensa para dizer que considera que o país entrou numa degradação acelerada das instituições e, na impossibilidade de apresentar nesta sessão legislativa uma segunda moção de censura, pede a Montenegro que o faça mostrando ao Presidente da República que existe uma alternativa à direita.
"Queria instar, a partir daqui, ao PSD, o único que ainda pode fazâ-lo à Direita, que apresente uma moção de censura ao Governo de António Costa. O Chega não o pode fazer, a Iniciativa Liberal também não", relembra. "À Esquerda, sabemos, vão tentar segurar o Governo com tudo o que for possível", garante. No entanto, defende que "este é o momento em que os partidos devem mostrar de que lado estãoo e que opções tomam para o futuro".
Por isso, pede que os restantes políticos não tenham "medo de eleições" e "da escolha". "Há sempre alternativa e o medo de qualquer alternativa de que não gostamos é sempre melhor do que o pântano de instituições e da corrupção degradada a que estamos a assistir", remata.
O líder do Chega revelou, ainda, que tem marcada uma audiência com o Presidente da República para os próximos dias, que deverá acontecer no final desta ou no início da próxima semana. Ventura, de resnto, já transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa esta posição, renovando o pedido de dissolução do Parlamento.
Por seu lado, Luís Montenegro já respondeu a Ventura. Via Twitter, o líder do PSD garantiu que "PS e Chega" estão "cada vez mais juntos".
"Mostram ambos impreparação, ligeireza e imaturidade". Quanto ao pedido de Ventura propriamente dito, Montenegro é direto: "anunciar uma moção de censura com seis meses de antecedência é tão aberrante como ter nacionalizado a TAP para depois privatizar. Um bom Governo e uma boa oposição não são isto", salienta.