11 abr, 2023 - 09:30 • Olímpia Mairos
O primeiro-ministro defendeu, esta terça-feira, que é preciso aguardar pelo fim da comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP para que possam ser retiradas eventuais consequências políticas.
Na Coreia do Sul, em declarações registadas pela RTP, o primeiro-ministro sublinhou que este é o tempo do Parlamento. O Governo irá agir num segundo momento, em função das conclusões da comissão de inquérito.
“Neste momento, é o tempo da Assembleia da República. Nós devemos respeitar no trabalho que está a desenvolver. Tem a sua comissão parlamentar de inquérito, vai ouvir, vai ouvir este, vai ouvir aquela, vai ouvir isto, vai ouvir aquilo, e no final vai tirar as conclusões. Em função disso, nós agiremos também”, prometeu António Costa.
Questionado sobre se ficou surpreendido com algumas das coisas que ouviu, o primeiro-ministro disse que “toda a gente sabe, obviamente, que sim”.
O presidente da República reagiu esta segunda-feira às mais recentes polémicas sobre a TAP. Em resposta à oposição, Marcelo descartou a hipótese de eleições antecipadas, considerando que nesta altura “não faz sentido falar de dissolução” da Assembleia. Sobre a polémica da alteração do voo, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que essa ideia “seria estúpida e egoísta”.
Em relação à reunião entre deputados, membros do Governo e gestão da TAP, o chefe de Estado comparou o caso a um professor mostrar o exame ao aluno antes da prova: "Se se tivesse passado no Parlamento, eu não diria uma palavra. Mal comparado, é como um professor fazer uma preparação de um exame com os alunos que vai examinar", disse.
António Costa alegou que “em regra” não comenta “as palavras do senhor Presidente da República, muito menos quando não as ouvi”.
“Como sabe quando o Presidente da República estava a falar, eu estava a voar para a Coreia. Tenho estado aqui na Coreia ao longo das últimas horas e não vamos estar aqui, agora, estes dias, a falar sobre questões políticas internas. Temos muito tempo para falar”, disse o primeiro-ministro.
A questão tira ou não força à maioria absoluta?
“Esses comentários ficam para Portugal”, rematou.
António Costa está na Coreia do Sul acompanhado pelos ministros da Economia, António Costa Silva, das Infraestruturas, João Galamba, da Ciência, Elvira Fortunato, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André.