13 abr, 2023 - 19:32 • Diogo Camilo , Susana Madureira Martins
Começou por dizer que “não comenta entrevistas”, mas a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, respondeu ao antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para o lembrar que os portugueses “votaram na estabilidade política” ao eleger o Governo por maioria absoluta.
Em resposta após a reunião do Conselho de Ministros, a governante indicou que aquele não era um “espaço de comentário político”, mas deixou um aviso.
“Há poucas semanas este Governo completou o seu primeiro ano de legislatura. Uma legislatura em que o partido que suporta o Governo tem maioria na Assembleia da República e isso acontece porque os portugueses votaram na estabilidade política e na estabilidade das políticas e é isso que trabalhamos todos os dias para fazer”, afirmou.
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Cavaco Silva tinha criticado esta quarta-feira o Governo, apontando que a situação política se havia agravado nas últimas semanas, no final do lançamento do livro "Crónicas de um País Estagnado", do líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento
“Disse que a situação política em Portugal estava muito perigosa. De então para cá, ela deteriorou-se muito mais do que aquilo que eu então antecipava. Neste contexto, entendo que não devo fazer quaisquer comentários”, afirmou Cavaco.
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Mariana Vieira da Silva indicou que o Governo tem cumprido “muitos dos objetivos” do seu programa, como o peso das exportações no PIB, aa redução da dívida, aa evolução das contas públicas e o aumento da resposta do SNS. “Temos cumprido, um por um, os objetivos que fixámos e assim continuaremos.”
Esta não foi a primeira crítica do antigo Presidente da República ao Governo. A 15 de fevereiro, na Figueira da Foz, Cavaco descreveu a fase pela que passa o executivo de António Costa como “muito perigosa”.
Na segunda-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afastou mais uma vez o cenário de dissolução da Assembleia da República, invocando a conjuntura e falta de "uma alternativa óbvia em termos políticos".