19 abr, 2023 - 13:24 • Susana Madureira Martins , com redação
As comemorações dos 50 anos do Partido Socialista ficam marcadas por um protesto na sede do PS no Largo do Rato, em Lisboa.
Tinha acabado de falar José Manuel dos Santos, o presidente das comemorações, quando quatro ativistas que estavam dentro da sala onde decorria a sessão levantaram-se das cadeiras, despiram as calças e mostraram o rabo.
Os ativistas fazem parte da greve climática estudantil e gritaram que "Não há Planeta B" nem "motivo para comemorar".
Perante a surpresa dos convidados no aniversário do PS, os quatros jovens baixaram as calças e mostraram a palavra "Ocupa!" que tinham escrita no corpo.
Foram depois levados para o exterior da sede do PS e identificados pela Polícia.
Em comunicado, a organização da Greve Climática adianta que os jovens pertencem ao movimento "Fim ao Fóssil".
“O PS não devia estar a celebrar, mas sim a fazer um plano compatível com os prazos ditados pela ciência climática para acabar com os combustíveis fósseis e pôr em marcha uma transição justa para as pessoas”, dizem os estudantes, citados pelo comunicado.
O protesto acontece uma semana antes do início das ocupações estudantis de mais de 10 escolas e universidades pelo país, e três semanas antes da ação de bloqueio do terminal de gás natural, em Sines.
O protesto dos ativistas ambientais traz à memória um outro protesto na década de 90, quando quatro estudantes também baixaram as calças contra as propinas e as provas globais, em frente ao ministro da Educação da altura, Couto dos Santos.
A ação desta quarta-feira é a segunda ocorrida, nos últimos anos, num aniversário do Partido Socialista. Em 2019, um ativista contra a expansão do aeroporto de Lisboa interrompeu o discurso de Antonio Costa, na antiga FIL, em Lisboa. Francisco Pedro subiu ao palco, proferiu algumas palavras, enquanto outros ativistas lançavam aviões de papel.