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Governo vai acompanhar com "total naturalidade" declaração de Marcelo

04 mai, 2023 - 14:49 • Daniela Espírito Santo , Isabel Pacheco com Lusa

Ministra da Presidência assegura que Executivo vai ouvir com "interesse" o PR às 20h00.

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Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estela Silva/Lusa
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Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estela Silva/Lusa
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Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estela Silva/Lusa
Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estela Silva/Lusa
Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estela Silva/Lusa

A ministra da Presidência afirmou esta quinta-feira que é com "total naturalidade e interesse" que o Governo vai acompanhar logo, às 20h00, a declaração do Presidente da República ao país. Mariana Vieira da Silva recusa, assim, qualquer atitude que ponha em causa as boas relações institucionais após a decisão de António Costa em não demitir João Galamba.

"É com total naturalidade e naturalmente interesse que acompanharemos a intervenção do senhor Presidente da República", disse Mariana Vieira da Silva na conferência de imprensa após o final do Conselho de Ministros que, hoje, se realizou em Braga.

A ministra da Presidência garantiu que nada mudou na relação do Executivo com Marcelo e outras instituições e que se mantêm os laços "exatamente no mesmo espírito desde 2015".

Mariana rejeita qualquer "braço de ferro ou falta de lealdade". "Aquilo que se passou foi uma atuação do primeiro-ministro, no âmbito exclusivo das suas competências, explicada, aliás, detalhadamente, precisamente dada a gravidade e a excepcionalidade da situação com que estavamos confrontados", assegura. "Queria deixar claro que rejeito totalmente o pressuposto de uma qualquer atitude que não seja conducente com aquilo que sempre procuramos numa relação institucional entre órgãos de soberania: solidária, leal, com base numa procura comum de enfrentar os desafios que o nosso país tem", reitera.

"A estabilidade política, a boa relação interinstitucional é um elemento fundamental que foi decisivo nos últimos anos para enfrentar problemas difíceis como a pandemia. É algo que o Governo defende, respeita, faz tudo para poder contribuir para que permaneça e não tenho mais nenhum comentário a fazer", diz Mariana Vieira da Silva.

O Presidente da República vai falar ao país hoje às 20h00, dois dias depois de ter manifestado a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas.

O chefe de Estado irá falar às 20h00 no Palácio de Belém, em Lisboa, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

Assunto "Galamba" esteve em discussão no Conselho de Ministros

Mariana Vieira da Silva admitiu que o assunto "Galamba" veio à baila durante Conselho de Ministros. A ministra da Presidência defende que o Governo trabalha como qualquer outra equipa e que, naturalmente, discute os assuntos da atualidade.
"O Conselho de Ministros, naturalmente, em todas as suas reuniões, discute os temas que fazem parte da nossa atualidade, centrado na sua agenda. É uma equipa que trabalha como qualquer equipa", salienta.

Na terça-feira à noite, após António Costa anunciar a decisão de manter João Galamba como ministro, Marcelo Rebelo de Sousa fez divulgar uma nota na qual afirmou que "discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem".

O chefe de Estado salientou que "não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro".

Sobre este caso e questionada sobre um possível braço de ferro entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, Mariana Vieira da Silva rejeitou tal situação.

“Aquilo que aconteceu com a comunicação do senhor primeiro-ministro foi uma comunicação ao país explicando detalhadamente as razões pelas quais o senhor primeiro-ministro, no âmbito das suas exclusivas competências, tomou aquela decisão e nenhum braço de ferro, nenhuma falta de lealdade, nenhum dos diferentes adjetivos ou caracterizações que tenho lido”, afirmou.

A ministra vincou que António Costa perante uma situação “grave e excecional” tomou uma decisão com base nos levantamentos dos atos que fez e comunicou essa mesma decisão ao país.

Apesar da insistência dos jornalistas presentes na sala, a governante reafirmou que o primeiro-ministro já disse tudo o que havia para dizer sobre essa matéria.

Dizendo que o Governo PS não está a desvalorizar o que aconteceu no Ministério das Infraestruturas, a ministra da Presidência sublinhou que o executivo está concentrado naquilo que lhe compete, nomeadamente em cumprir o seu programa, aplicar e executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e proteger os portugueses num momento de inflação.

[notícia atualizada às 16h44 de 4 de maio de 2023]

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