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BE exige respostas a Moedas para o "caos na mobilidade" da cidade de Lisboa

10 mai, 2023 - 19:22 • Lusa

A circulação nos troços entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e Campo Grande e Cidade Universitária (Amarela) está interrompida desde 2 de maio, situação que se prevê só estará normalizada a 7 de julho

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O Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa exigiu, esta quarta-feira, respostas do presidente do executivo, Carlos Moedas (PSD), para o "caos na mobilidade" da cidade, exigindo uma reunião urgente com o município, Metropolitano e Carris para encontrar "soluções de emergência".

Em comunicado divulgado após a reunião privada de hoje da Câmara de Lisboa, a vereação do BE manifesta-se "profundamente preocupada" com os problemas no trânsito e nos transportes públicos da capital, lembrando que foi aprovada há uma semana uma proposta do partido de criação de um plano de contingência para os constrangimentos na mobilidade causados pelas grandes obras, não tendo a autarquia ainda realizado "nenhuma ação efetiva".

"O Bloco de Esquerda exigiu ao presidente, Carlos Moedas, para deixar de lado a política e convocar uma reunião ainda esta semana com todos os vereadores e vereadoras, Metropolitano e Carris para encontrar soluções de emergência", lê-se na mesma nota.

A circulação nos troços entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e Campo Grande e Cidade Universitária (Amarela) está interrompida desde 02 de maio, situação que se prevê só estará normalizada em 07 de julho. Hoje, o Metropolitano de Lisboa (ML) anunciou que, a partir de 20 de junho, a linha Verde será reforçada com mais três carruagens (atualmente circula com três) e a linha Amarela com mais uma (atualmente também com três).

A administração do ML anunciou, igualmente, que irá disponibilizar autocarros "vaivém" entre a Cidade Universitária e o Campo Grande nos dias de jogo do Sporting (13 e 21 de maio), no Estádio José de Alvalade, e na Bênção das Fitas (20 de maio).

"Esta reunião é tanto mais necessária depois da comunicação desta manhã do Metropolitano de Lisboa que não tem uma única medida para resolver o caos", criticam os bloquistas.

Os constrangimentos na circulação do metro de Lisboa têm sido alvo de várias críticas por parte de utentes, autarcas e ambientalistas.

No domingo, o PSD anunciou que requereu uma audição urgente da administração do Metropolitano de Lisboa, em sede de Comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, face às perturbações que estão a ocorrer e que têm prejudicado milhares de utentes.

Os trabalhos vão possibilitar a ligação dos novos viadutos do Campo Grande à infraestrutura atualmente existente, permitindo a futura entrada em exploração da já anunciada nova linha circular. Serão também instalados "novos aparelhos de mudança de via", para possibilitar novas ligações entre as estações abrangidas.

Com inauguração prevista em 2024, a nova linha circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um anel circular no centro de Lisboa e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Além das obras de expansão da rede do metro, o Plano Geral de Drenagem e a reabilitação de pavimentos e coletores obrigou também a interromper a circulação rodoviária ao trânsito geral na zona ribeirinha e na Avenida 24 de Julho, em ambos os sentidos, entre a Avenida Infante Santo e a Avenida Mouzinho de Albuquerque, e a alternativa passa pela 5.ª Circular, com o percurso desde a Avenida Infante Santo, passando pela Praça da Estrela, Largo do Rato, Rua Alexandre Herculano, Rua do Conde de Redondo, Avenida Almirante Reis, Praça do Chile, Rua Morais Soares, Praça Paiva Couceiro e até à Avenida Mouzinho de Albuquerque.

Além disso, os veículos com peso superior a 3,5 toneladas estão interditados de aceder ao centro histórico da Baixa de Lisboa entre as 08h00 e as 20h00, à exceção dos transportes públicos e dos serviços municipalizados de higiene urbana, e as cargas e descargas devem realizar-se à noite.

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