10 mai, 2023 - 15:37 • Tomás Anjinho Chagas
Depois dos episódios durante o 25 de abril, em que a bancada do partido de André Ventura mostrou cartazes ao presidente do Brasil, Lula da Silva, o Parlamento português tem estado a discutir formar de punir comportamentos similares.
Augusto Santos Silva deixou de fora o Chega quando levou representantes dos vários partidos à Ucrânia, mas hoje revela que não haverá lugar a novas punições, até porque não têm sido utilizados todos os mecanismos legais existentes.
"As regras que o regimento hoje prevê são muito generosas. Isto é, estão construídas para incentivar e não para limitar o debate democrático", admite Augusto Santos Silva, depois da conferência de líderes parlamentares. "Acontece que, nesta legislatura, quer o presidente, quer os vice presidentes da Assembleia nem sequer têm esgotado os meios que as regras atuais lhes conferem", acrescenta.
Do lado do Chega, André Ventura acusa Augusto Santos Silva e os restantes partidos de perseguição ao seu partido.
"É a prova evidente de que o que Augusto Santos Silva queria era que os deputados dissessem: 'Sim, senhor presidente. Pode chamar a polícia, pode utilizar os meios que quiser para fazer calar os deputados do Chega", assegura Ventura, que acusa Santos Silva de "espírito socrático, de autoridade, autoritarismo e censura" e lamenta "muito" que os restantes partidos "se tenham juntado ao presidente da Assembleia da República" nesta "avaliação do futuro e na condenação de outros episódios do passado".