11 mai, 2023 - 16:27 • Manuela Pires
O líder parlamentar do Partido Socialista acusou esta tarde alguns deputados de estarem a abandalhar a comissão parlamentar de inquérito à TAP. Em declarações aos jornalistas, no final da reunião do grupo parlamentar, Eurico Brilhante Dias explicou que Jorge Seguro Sanches saiu da comissão por ter sentido que a sua honra foi colocada em causa, e que o partido socialista vai continuar a lutar para preservar a comissão, apesar de dizer que muitos deputados estão postados em denegrir a boa imagem dos trabalhos.
“O que levou à demissão do deputado Jorge Seguro Sanches foi o uso abusivo não só de linguagem, mas de tratamento institucional entre o deputado e um Presidente da comissão parlamentar de inquérito que considerou que a sua honra tinha sido ferida” referiu Eurico Brilhante Dias aos jornalistas.
“Esse abandalhamento da linguagem parlamentar, esse abandalhamento da própria comissão parlamentar de inquérito, discutindo o acessório e não essencial, os deputados do Partido Socialista não vão pactuar com isso” garantiu o líder parlamentar socialista.
O prazo da comissão de inquérito termina a 23 de maio, ainda não foi aprovado qualquer prolongamento e Brilhante Dias não se compromete com prazos, prefere referir que os deputados socialistas estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta-feira de forma a apressar os trabalhos da comissão.
“Essa prorrogação será uma matéria que primeiramente, será discutida na Comissão parlamentar de inquérito, e não vou emitir opinião. O que digo é que todos os deputados do PS estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta. Penso que ficou manifesto da carta de demissão do deputado Jorge Seguro Sanches, que havia deputados e grupos parlamentares que não estão disponíveis para trabalhar segunda a sexta” referiu Eurico Brilhante Dias.
Na sua carta de renúncia ao mandato de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, que foi lida esta quarta feira pelo deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira, Seguro Sanches lamentou a falta de "consenso para realização de reuniões à segunda e à sexta à tarde".