12 mai, 2023 - 20:33 • Lusa
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, manifestou-se hoje insatisfeito com a aprovação da lei da eutanásia na Assembleia da República, considerando que existem "justos receios" sobre o futuro.
"Por nossa vontade [a lei] não teria sido aprovada. Foi aprovada e julgo que este ciclo estará encerrado" com a promulgação por parte do Presidente da República, disse Paulo Raimundo, em declarações à agência Lusa.
O líder comunista, que falava após a sessão pública "Mais força aos trabalhadores", organizada pelo PCP, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, afirmou que o partido "votou contra" esta lei e, por isso, "não é com satisfação" que "vê o diploma aprovado".
Instado a comentar a confirmação por parte do parlamento do decreto sobre a morte medicamente assistida, Paulo Raimundo sublinhou que a posição do PCP "é contrária", por existirem "justos receios" sobre "aspetos de futuro.
"Mas cá estaremos atentos para verificar", disse. .
Questionado pela Lusa sobre os receios dos comunistas com a aprovação desta lei, o secretário-geral do PCP considerou que há "uma porta que se abre".
"Por um lado é o papel do Estado em garantir as condições para que as pessoas possam viver e não o Estado tomar o papel de instrumento. Isso agora tem aquelas limitações todas que estão identificadas na lei e está a porta aberta", concluiu.