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CDS/Madeira isola Chega e IL. "Não queremos inquilinos que criem instabilidade"

15 mai, 2023 - 21:09 • Susana Madureira Martins

Conselho Nacional dos centristas ratifica esta quinta-feira o acordo pré-eleitoral entre o CDS e o PSD na Madeira. A coligação para as regionais de outubro inclui apenas os "dois partidos fundadores da democracia", com o líder do CDS madeirense, Rui Barreto, a acreditar que a maioria absoluta é possível sem "inquilinos" instáveis como o Chega ou a Iniciativa Liberal.

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"Este é o Governo mais estável de Portugal", atira Rui Barreto em conversa com a Renascença, falando do executivo da Madeira liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

O líder do CDS-Madeira é o secretário regional da Economia e para as regionais de outubro - ainda sem data marcada - espera que os "madeirenses e portosantenses revalidem, em nome da estabilidade, uma maioria que dê estabilidade".

Na quinta-feira, o CDS reúne em Lisboa o Conselho Nacional para ratificar o acordo pré-eleitoral celebrado com o PSD/Madeira, apenas e só entre os dois partidos. No pós-eleições logo se vê, mas para já a coligação não é extensível a mais nenhum partido.

Em declarações à Renascença, Rui Barreto carrega na ideia de continuar a "estabilidade" que existe no Governo da Madeira e que considera que não existe nos executivos "formados nos Açores e no Continente".

O líder centrista acena com o fantasma da instabilidade no executivo dos Açores e pede que se evite que o cenário se repita na Madeira. No Governo de José Manuel Bolieiro "foi necessário formar um Governo onde também está o CDS e o PPM, mas que teve depois de submeter-se ao apoio parlamentar de dois outros partidos".

Ora, nos Açores o Chega e a Iniciativa Liberal (IL), salienta Barreto, "já vieram a público desapoiar esse Governo criando instabilidade, são dois partidos que não estão muito vocacionados para o exercício exigente de estar num Governo".

Barreto nunca coloca de parte um eventual entendimento pós-eleitoral da coligação PSD e CDS da Madeira com outros partidos como o Chega e a IL, isto no caso de a maioria absoluta não ser alcançada, mas despacha estes dois partidos acenando com o fantasma da "instabilidade".

"Não precisamos de inquilinos que venham criar instabilidade a um Governo que é estável e se o Governo é estável e governa para o interesse geral das populações em nome da coesão social e económica é isso que vamos pedir sem rodeios" aos eleitores, garante o presidente do CDS/Madeira.

"Estabilidade" é o mote da coligação. Barreto aponta ainda ao Governo "nacional do PS que nem em maioria absoluta consegue dar estabilidade ao país". Por oposição, na Madeira "temos um ambiente de paz social e um ambiente de previsibilidade". Se os madeirenses vão aderir é a pergunta de "um milhão", diz Barreto e "cabe aos eleitores decidir".

Barreto não se atreve a pedir uma maioria absoluta, embora diga que não a ter é questão que "não se coloca", mas ainda assim prefere falar de "uma maioria estável" que dê "um ambiente propício ao investimento" e à atração de "empresas para a região".

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