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António Costa: "Nunca informei o Presidente da República sobre a intervenção do SIS"

24 mai, 2023 - 15:20 • Fábio Monteiro

O primeiro-ministro está esta quarta-feira no Parlamento. No centro do debate, mais uma vez, está a CPI da TAP e a atuação do SIS no caso Galambagate.

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A atuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do portátil de Frederico Pinheiro, antigo adjunto de João Galamba, foi justificada, voltou a reiterar, esta quarta-feira, o primeiro-ministro António Costa.

O equipamento informático tinha “documentos classificados” e “o SIS deve agir preventivamente”, disse.

No Parlamento, António Costa sublinhou também mais uma vez a legalidade da intervenção. “Não vejo qualquer tipo de ilegalidade na atuação do SIS”, disse, quando questionado por Catarina Martins sobre a base legal da atuação.

Munido de notícias, o primeiro-ministro lembrou que, no passado, Frederico Pinheiro disse que devolveu voluntariamente o portátil ao agente do SIS.

Ouvido na CPI, na semana passada, o antigo adjunto de Galamba afirmou terem existido pressões por parte do agente do SIS.

Inquirido por André Ventura, clarificou ainda, corrigindo uma afirmação prévia: “Nunca informei o Presidente da República sobre a intervenção do SIS."

Questionado por Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, se estaria disponível para “depor na comissão da TAP” – por escrito ou presencialmente -, Costa garantiu que “não foge ao cumprimento dos seus deveres” e que o primeiro-ministro deve “fazer tudo o que a Assembleia da República” quiser.

Apesar de muita insistência da parte de André Ventura e também de Rui Rocha, António Costa recusou esclarecer o papel que António Mendonça Mendes teve na chamada dos serviços de informação para a recuperação do computador de Frederico Pinheiro.

Tutti Frutti e demissões

Miranda Sarmento aproveitou a oportunidade para questionar o primeiro-ministro sobre as últimas revelações da operação Tutti Frutti, que envolvem Fernando Medina e Duarte Cordeiro.

Face ao revelado, o que fará? Costa não respondeu diretamente.

“Se a Justiça tem informações, que exerça as suas funções”, disse, não perdendo, ainda assim, a oportunidade de mandar uma boca: “A primeira forma de combatermos o populismo é não imitarmos o populismo."

André Ventura também insistiu com o primeiro-ministro sobre os ministros implicados na operação Tutti Frutti. António Costa garantiu que mantinha “toda a confiança política” nos dois governantes.

Costa responde a Montenegro: “Governo não está parado, está a governar”

Depois de Montenegro ter dito ontem que “chegou o tempo” do PSD, António Costa não deixou passar a oportunidade de atacar o líder social-democrata, em declarações no Parlamento.

Com ironia, repetiu as palavras de Luís Montenegro e falou sobre a “verdadeira ambição da direita”.

Segundo o primeiro-ministro, os portugueses “não desejam crise política” e que isso é “contrário aos interesses nacionais”.

“Cada dia que a vida dos portugueses melhorar é um dia em que a direita terá mais dificuldade em derrubar este Governo e substituir o PS na governação do país”, disse.

Quanto ao seu Governo, garantiu que “não está parado, está a governar”.

É pouco audível perante o ruído mediático para cada caso e casinho, para servir de ecrã e tornar invisível o trabalho que estamos a fazer e a executar serena e compassadamente o nosso programa de Governo”, frisou.

[Em atualização.]

Comentários
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  • Americo
    24 mai, 2023 Leiria 15:16
    “Não vejo qualquer tipo de ilegalidade na atuação do SIS” - Acham que este sr. vê alguma ilegalidade em assuntos que lhe digam diretamente respeito. HABITUEM-SE.............

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