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PCP considera "escândalo" que bancos comercializem Certificados de Aforro

04 jun, 2023 - 14:24 • Lusa

Paulo Raimundo afirma que tal medida demonstra que "a banca decide e o Governo conretiza".

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O líder do PCP considerou este domingo um escândalo que os bancos passem a poder vender Certificados de Aforro, afirmando que tal medida demonstra que "a banca decide e o Governo conretiza".

"Se dúvidas houvessem de que a banca decide e o Governo concretiza, está aí a prova disso. Isso é um escândalo. Um escândalo que, apesar de tudo, tem uma vantagem: demonstrar, na prática que o Governo não tem nenhuma dificuldade de se por ao serviço dos interesses dos grupos económicos", afirmou Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas na Ribeira Grande, à margem de uma reunião com a Associação Agrícola de São Miguel, nos Açores.

O secretário-geral do PCP alertou ainda que, "quando toca às questões dos interesses económicos, não é só o Governo que os defende", pois "PSD, IL e Chega mostram-se todos alinhadinhos" na mesma defesa.

Os certificados de aforro (CA) vão também passar a poder ser subscritos nas redes físicas (balcões) e digitais dos bancos, juntando-se aos CTT e Espaços do Cidadão na venda deste produto de poupança.

O alargamento da rede de venda dos CA já tinha sido defendido e é agora concretizado através do diploma que suspendeu a comercialização dos certificados da série E e criou a série F, com uma taxa de juro mais reduzida, mas que o Governo justifica como uma medida que faz parte de "uma correta gestão da dívida pública".

A taxa de juro base da série E de CA que esteve em comercialização entre 2017 e até ao dia 02 de junho de 2023, acompanha a evolução da Euribor a três meses, não podendo da fórmula de cálculo resultar um valor inferior a 0% e superior a 3,5% ao que acrescia um prémio de permanência de até 1%.

O prazo máximo para deter estes títulos era 10 anos.

Já a taxa de juro base da nova série F também varia consoante a Euribor a três meses, não podendo ir além dos 2,5%, a que acresce um prémio de permanência que pode ir até 1,75%.

A suspensão da série E, e a sua substituição pela nova, gerou várias críticas da oposição, nomeadamente o BE e o PCP, tendo os comunistas requerido a audição urgente no parlamento do secretário de Estado das Finanças, por entender que se tratou de "um favor que o Governo fez à banca".

Uma visão rejeitada pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, numa declaração aos jornalistas, no sábado, em que respondeu às críticas e afirmou que "houve cedência zero a banca".

No sábado, o secretário-geral do PCP afirmou hoje que "a banca manda e o Governo concretiza", acrescentando ser "uma risota" a justificação do secretário de Estado das Finanças de que "houve zero cedência à banca".

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  • Anastácio José Marti
    05 jun, 2023 Lisboa 10:52
    Por muito que eu entendo os motivos pelos quais o PCP entende ser um escândalo os bancos emitirem os Certificados de Aforro, que moral, coerência, honestidade intelectual e sentido de responsabilidade tem o mesmo PCP e quem assim o dirige, quando continua a ser cúmplice do homicídio profissional que se passa no interior da Administração Pública portuguesa, para com um trabalhador DEFICIENTE e LICENCIADO, que continua, ilegalmente, diariamente a ser impedido, pelos que o dirigem em nome de Portugal, de ingressar na carreira de Técnico Superior há três décadas, sem que este partido ou qualquer outro algo de sério, responsável, humano legal e construtivo tenham assumido, para não serem, como sempre foram, cúmplices e coniventes para com as consequências desta ilegalidade e imoralidade e sobre a qual, nada disse, escreveu ou fez para denunciar a mesma apesar de ano após ano continuarem a afirmar apoiarem quem trabalha o que este exemplo prova é de que nunca apoiaram quem trabalha e se limitam a ver, asistir e nada assumir para com ilegalidades como esta. São estas as moralidades de quem neste partido afirma ainda hoje defenderem quem trabalha? quando, onde e de que formas? alguém sabe?

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