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Ministro das Infraestruturas

Oposição exigir demissão é "ato de desespero", diz Galamba

14 jun, 2023 - 13:23 • Lusa

“As pessoas podem dizer o que quiserem, mas a realidade sobrepõe-se àquilo que as pessoas dizem”, defende ministro das Infraestruturas em evento público.

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O ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu esta quarta-feira estar “absolutamente focado” no trabalho, desvalorizando os ataques da oposição que pede a sua demissão, considerando-os como "ato de desespero".

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia de lançamento da segunda fase de modernização do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa, o ministro garantiu estar focado no seu trabalho “como a cerimónia de hoje o demonstrou”.

João Galamba considerou como “um ato de desespero” as tentativas da oposição em pedir a sua demissão, adiantando encará-las com “naturalidade e total indiferença”, garantindo não ter voltado a pensar em pedir demissão.

“As pessoas podem dizer o que quiserem, mas a realidade sobrepõe-se àquilo que as pessoas dizem”, salientou.

“O PSD pode dizer o que quiser. É natural que se foque apenas no último ponto [da comissão parlamentar de inquérito à TAP] e já foi tudo dito. Já o disse várias vezes, qualquer pessoa que veja detalhadamente a minha audição e a do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro perceberá isso mesmo”, reiterou João Galamba.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, pediu a demissão de João Galamba depois da audição do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, que relatou uma versão diferente da do ministro das infraestruturas na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP.

Questionado ainda pelos jornalistas sobre a acusação de ter mentido na CPI, João Galamba respondeu perentoriamente: “Eu não menti”.

Sobre a audição de hoje na CPI do ex-secretário de Estado Hugo Mendes, João Galamba disse aos jornalistas esperar que a sessão “corra bem”, sublinhando não ter “receio” do que possa ser dito.

O ministro das Infraestruturas avançou também “não temer” o relatório final da CPI, lembrando, igualmente, que grande parte é referente a uma altura em que não tinha responsabilidades “na pasta”.

“A CPI é sobre a gestão da TAP e, como o primeiro-ministro tem dito várias vezes, grande parte do objeto desta comissão é a gestão da TAP num período anterior à da minha passagem pelo Ministério das Infraestruturas", salientou.

Instado a comentar o discurso de 10 de junho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Peso da Régua, que falou em “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda” e se estas palavras eram a si dirigidas, João Galamba retorquiu não querer “entrar em considerações hermenêuticas sobre botânica e vitivinicultura”.

[atualizado às 14h35]

Comentários
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  • Petervlg
    14 jun, 2023 Trofa 13:15
    Nem deveria ser necessário alguém pedir a demissão, se Galamba, olha-se para os interesses de Portugal, e não os interesses pessoais dele, já tinha pedido a demissão, e esta, tinha sido logo aceite, por alguém que coloque, também, os interesses de Portugal acima dos interesses pessoais.
  • Cidadao
    14 jun, 2023 Lisboa 12:46
    Eu diria que é "ato de Higiene"... Mas na pocilga em que este País se tornou, falar em "Higiene" ...

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