08 jul, 2023 - 11:00 • Ricardo Vieira
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“Deixemos a justiça funcionar”, afirmou este sábado o primeiro-ministro, António Costa, sobre a demissão do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Freitas, que foi entretanto constituído arguido.
Em declarações aos jornalistas, à margem do Conselho de Ministros informal de balanço do ano político, em Sintra, o primeiro-ministro disse que os portugueses não estão preocupados com os casos no Governo, mas sim com os problemas que afetam a sua vida.
Questionado se o Governo acusa desgaste após 13 demissões no espaço de um ano e vários casos, António Costa diz que a sua prioridade é implementar o programa do Governo.
“Dedico-me pouco à análise política e mais a fazer mais aquilo que me compete, que é governar", declarou.
São Bento à Sexta
Há um padrão pouco claro nestes processos que é tr(...)
O primeiro-ministro recorda os tempos difíceis da pandemia, da guerra, inflação e considera que Portugal está a ser particularmente afetado pela subida das taxas de juros.
"Um país que veio de uma pandemia fortíssima com consequências económicas, sociais e psicológicas, o impacto brutal desta guerra, que gerou destruição e um pico inflacionista como há 30 anos não vivíamos e que em Portugal tem uma dimensão particularmente dura e perturbadora da vida das famílias com a subida das taxas de juro, que tem um grande impacto em Portugal."
António Costa sublinha que "entrou em vigor no mês passado o mecanismo de bonificação dos juros" e que o Governo está "a trabalhar com os bancos para verificar o impacto da medida, se deve ser alargada".
"Isso gera tensões e dificuldades. O que é importante é estarmos sempre a governar a pensar nas pessoas", sublinha.