20 jul, 2023 - 16:32 • João Pedro Quesado
Para António Costa, a economia portuguesa está “mais competitiva” e “diversificada” em relação em 2015. No arranque do debate parlamentar do Estado da Nação, o primeiro-ministro sublinhou que “Portugal não estagnou” nem “entrou em recessão”, mas admitiu erros no trabalho do Governo e acusou a oposição de ser catastrofista.
O líder do Governo realçou os indicadores económicos, apontando o terceiro maior crescimento da União Europeia durante o primeiro trimestre de 2023, as previsões de crescimento entre 2,4% e 2,7%, o crescimento do emprego e o abrandamento da inflação.
António Costa disse que estes resultados económicos “não são um acaso, ou obra de uma mão invisível”, mas sim “consequência das boas políticas”, elogiando o trabalho dos portugueses e das empresas depois de exaltar as medidas do Governo.
Contudo, o primeiro-ministro considera que, “às vezes”, o Governo erra. “Nem sempre conseguimos. Às vezes erramos. Mas nunca desistimos de encontrar soluções”, afirmou o líder do Governo.
“Continuaremos a trabalhar para partilhar os bons resultados da economia com os portugueses”, afirmou o líder do PS, que referiu “as contas certas que nos têm permitido todos os anos baixar impostos, e que nos continuarão a permitir reduzir os impostos ao longo da legislatura”, além do “rigor que nos dá margem para acorrer às emergências de hoje sem sacrificar o país que estamos a construir para o futuro”.
António Costa, que considera ter “consciência das dificuldades dos portugueses no dia a dia" - especialmente que “muitos jovens se interrogam sobre o seu futuro em Portugal”, acusou a oposição de ter um discurso “catastrofista”, e disse que o país não foi “o que as oposições previam e que alguns anseiam desde 2015 que finalmente um dia seja”.
A primeira intervenção da oposição, feita pela voz do líder parlamentar do PSD, apontou o dedo às polémicas em que a maioria absoluta do Partido Socialista se viu enredada no último ano, e referiu a frase sobre a redução de impostos de António Costa para dizer que o Governo “devolve muito pouco”.
Joaquim Miranda Sarmento desafiou ainda o primeiro-ministro a pronunciar-se sobre o caso que envolve o ex-líder social-democrata, Rui Rio, considerando que as buscas realizadas foram “uma inversão daquilo que devem ser os papéis entre a justiça e a política, já aconteceu em muitos países com mais resultados”.