30 ago, 2023 - 19:49 • Lusa
O líder do PSD, Luís Montenegro, disse esta quarta-feira que o partido tratará das eleições presidenciais "mais ou menos daqui a dois anos" e não comentou eventuais candidatos, assegurando que os sociais-democratas estão "concentradíssimos e empenhadíssimos" em ser oposição.
Minutos antes de receber o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada à Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide, Luís Montenegro foi questionado sobre o facto do antigo líder do PSD Luís Marques Mendes ter admitido no domingo uma candidatura presidencial "se houver utilidade para o país".
"Não é nem o tempo nem o lugar para falar das eleições presidenciais. Conto falar disso mais ou menos daqui a dois anos", começou por responder.
Perante a insistência dos jornalistas, o líder social-democrata reiterou que, do ponto de vista partidário, o PSD conta "tratar desse assunto mais ou menos daqui a dois anos".
"No PSD estamos concentradíssimos, empenhadíssimos em cumprirmos a nossa tarefa de sermos oposição ao Governo e de sermos alternativa para disputar e vencer as próximas eleiçoes legislativas e estamos cada vez mais a sentir que o povo português está connosco nesse caminho e nesse objetivo de dar um Governo novo a Portugal", respondeu quando questionado sobre as palavras do ex-líder do CDS-PP Paulo Portas na véspera, precisamente na Universidade de Verão do PSD.
Paulo Portas defendeu na terça-feira que a prioridade do espaço não socialista deve ser construir uma alternativa para suceder ao primeiro-ministro António Costa e não procurar um sucessor para o Presidente da República.
No seu comentário televisivo na SIC de domingo, Marques Mendes foi questionado sobre o significado político da sua presença na Festa do Pontal, a rentrée do PSD a meio de agosto no Algarve, e se tal estaria relacionado com um eventual acordo para um apoio de Luís Montenegro a uma candidatura sua a Belém.
"Nunca na minha vida falei com Luís Montenegro sobre eleições presidenciais, não há nada a falar, não há qualquer acordo", assegurou Marques Mendes, dizendo que, neste momento, "não há nem decisão nem sequer inclinação".
No entanto, o antigo presidente do PSD quis acrescentar as condições para tomar ou não essa decisão no futuro.
"Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país - é isso que conta -, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão, independentemente de acordo ou não acordo", afirmou.