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Guerra na Ucrânia

Durão Barroso duvida de paz na Ucrânia enquanto for vivo

02 set, 2023 - 13:31 • Lusa

O antigo presidente da Comissão Europeia deu uma aula na Universidade de Verão do PSD e disse ser "decididamente a favor" da adesão deste país à União Europeia e NATO.

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O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso admitiu este sábado que a paz na Ucrânia possa não ser alcançada durante a sua vida e disse ser "decididamente a favor" da adesão deste país à União Europeia e NATO.

Durão Barroso deu hoje uma "aula" na Universidade de Verão do PSD sobre "A Europa e o Mundo: Desafios e Perspetivas" e uma das questões dos jovens participantes nesta iniciativa de formação política foi sobre a sua perspetiva sobre o fim da guerra na Ucrânia.

"Muitas vezes me perguntam como é que vai acabar a guerra. E eu respondo com uma pergunta, quem diz que vai acabar? Poderá haver uma negociação -- um cessar-fogo é melhor do que a guerra -, mas paz não vejo num futuro previsível, talvez nas vossas vidas, na minha não vejo que venha a haver", afirmou.

Durão Barroso considerou que é melhor a União Europeia estar preparada para um conflito de "longo prazo", lembrando que há guerras que duram "há décadas".

"Sou decididamente a favor da Ucrânia na UE e na NATO, mas tem de ser feito com inteligência e cuidado. Não podemos baixar os níveis de exigência para a entrada, senão deixa de ser uma União Europeia", alertou, acrescentando que também tem de ser acelerada a entrada dos países que aguardam há mais tempo, como os Balcãs.

Na Ucrânia, tal dependerá igualmente de haver pelo menos "uma trégua" na guerra com a Rússia.

"Como indicação, 2030 é uma ideia interessante, mas não devemos comprometer-nos com datas", disse.

O momento desta entrada dependerá tanto da capacidade dos países candidatos, "como da capacidade de absorção" da União, que tem de aproveitar esse tempo para se reformar internamente, disse o antigo primeiro-ministro, lembrando que, atualmente, a alteração dos tratados implica unanimidade.

"Temos de alterar as regras se [a UE] passar de 27 para 35 membros e os países que não aceitarem não deixam de ser membros. Tem de haver criatividade jurídica e institucional para integrar novos membros", considerou.

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