03 set, 2023 - 12:58 • João Pedro Quesado
Luís Montenegro considera que é preciso "pensar e executar um Portugal" com capacidade de garantir oportunidades e condições aos jovens. O líder do PSD sublinhou, no discurso de encerramento da Universidade de Verão do partido, a necessidade de reter as qualificações no país.
Montenegro renovou o apelo feito no Algarve em agosto, num encontro com imigrantes, de que é preciso "um sobressalto cívico, político, partidário, empresarial, institucional" para "fazer brotar em Portugal um país, uma economia, uma sociedade que retenha o talento que nós temos, que retenha as qualificações que são adquiridas a todos os níveis de ensino".
"Com os políticos à cabeça, nós precisamos de pensar e executar um Portugal que garanta oportunidades de emprego, que garanta condições de serviços públicos para que os jovens possam ter filhos, para que as pessoas se mantenham ligadas aos territórios onde nasceram, e às famílias e aos amigos que envolvem as suas vidas", disse o líder do PSD em Castelo de Vide.
Luís Montenegro destacou a habitação como um das áreas de política "chamadas a colaborar precisamente para garantir essas oportunidades", aproveitando para voltar a criticar as políticas de habitação do Governo de António Costa.
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"Em oito anos, tivemos não sei quantos powerpoints", apontou, dizendo que isso "não chega", porque "eles apresentam o powerpoint e o excel está sempre certo com aquele powerpoint, o problema é que quer o powerpoint, quer o excel depois não chegam à realidade".
O líder da oposição relembrou a crise da habitação, "que inibe os jovens portugueses, aqueles que já estão a iniciar a vida ativa, de se fixarem nos sítios onde têm oportunidades de emprego" quando o custo do alojamento "absorve a quase totalidade do rendimento que se aufere".
Portugal, também referiu, é "o país na Europa onde os jovens portugueses encontram condições para ter projetos de vida mais tarde".
Montenegro realçou ainda a situação dos estudantes, qualificando como "imoral" que "um estudante que se esforçou 12 anos para ir uma determinada universidade ou para um determinado instituto não vá para a instituição de ensino que escolheu porque essa vaga é localizada num território onde não há alojamento a um preço que lhe permita estudar".
No discurso de encerramento da edição de 2023 da Universidade de Verão, o líder do PSD abordou ainda a reforma fiscal, que lançou na Festa do Pontal, e a estratégia política do partido, cujo foco é "ser uma alternativa de Governo (...) que traga mais futuro a Portugal".
[notícia atualizada às 13h38]