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Mariana Mortágua: "Todas as pessoas que sofrem com problema da habitação não querem saber do conflito entre Marcelo e Costa"

04 set, 2023 - 16:20 • Lusa

Insistindo que o pacote "Mais Habitação não resolve os problemas da habitação em Portugal", Mariana Mortágua, admitiu surpresa com as recentes declarações de Mário Centeno sobre o aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).

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A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou esta segunda-feira que os portugueses prescindem de um "conflito entre o Presidente da República e o primeiro-ministro", alegando que pretendem ver resolvido o problema da habitação no país.

"Todas as pessoas que em Portugal sofrem com o problema da habitação (...) não querem saber do conflito entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. (...) O que importa ao país é como é que se resolve a crise da habitação. Como é que baixamos os juros da habitação, que têm comido uma parte do salário das pessoas", afirmou a dirigente bloquista.

Em declarações à margem da concentração de trabalhadores precários à porta do Centro de Produção do Porto da RTP, em Vila Nova de Gaia, a líder do BE deixou também críticas ao Governador do Banco de Portugal em torno do Programa "Mais Habitação" que dividiu a opinião do chefe do Governo e de Estado.

"E bem podemos ter o Governador Mário Centeno a dizer não há problema, quando há um problema: para pagar ao banco as pessoas deixaram de pôr os filhos na creche ou na escola, deixaram de comprar coisas que precisam, de despesas essenciais para a sua vida (...) e o que é preciso é encontrar uma resposta", acrescentou.

E prosseguiu: "para baixar as rendas e os juros do crédito à habitação e aumentar a oferta de casas públicas para nada disto o conflito entre o Presidente da República e o primeiro-ministro dá uma resposta. Devemo-nos focar mais em propostas para solucionar o problema e menos em conflitos palacianos que não dizem nada ao país".

Insistindo que o pacote "Mais Habitação não resolve os problemas da habitação em Portugal", Mariana Mortágua, admitiu surpresa com as recentes declarações de Mário Centeno sobre o aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).

"Vejo com agrado, mas também com surpresa, pois tanto ele como o Banco de Portugal esforçaram-se ao longo deste tempo todo, não só para apoiar o aumento das taxas de juro, como em desvalorizar os seus impactos. Bem sabemos qual foi papel o Banco de Portugal neste tempo todo, foi o de produzir estatísticas que tentavam convencer o país e o Governo de que não havia nenhum problema com as taxas de juro nem incumprimento do crédito à habitação", assinalou.

Mantendo o tom crítico, afirmou que "era importante que o Governador soubesse que as pessoas, antes de deixar de pagar o crédito à habitação, deixam de pagar qualquer outra coisa", enfatizando que "toda a gente tem terror de perder a sua casa".

Neste contexto, sublinhou, é "necessário que o Banco Central Europeu interrompa imediatamente o aumento das taxas de juro, o desejável é que diminuíssem", mas não só, defendendo que "Portugal pode obrigar os bancos a baixar as taxas de juro e que esse abaixamento seja compensado pelos lucros dos próprios bancos".

"Portugal não pode determinar o que faz o BCE, mas pode determinar o que fazem os bancos em Portugal", concluiu.

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  • Sara
    04 set, 2023 Lisboa 17:46
    Ti também deves queres saber muito do tema, lembramos bem a última vez que estavas a pedir casas para os outros. Que pena não há ninguém que dê ideias..vou dar algumas, vamos lá, aprovar o teletrabalho, ninguém se importava de ir uma ou duas vezes presencialmente, teletrabalho para todos, tantas empresas que podem mas não o fazem, tantas pessoas que iam embora do centro, mas tantas, íamos para as aldeias, tantos benefícios, descentralização. Acabar com o negócio que ainda parece que ninguém percebeu, pessoas que têm casas e vão comprando casas com financiamento, utilizando a lei em todo o seu vigor para depois alugar a imigrantes.reduzir as burocracias de construção acho que isso já falaram.se os estrangeiros acham barato as nossas casas, então metam mais impostos, impostos como eles pagam na terra deles

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