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IRS Jovem e propinas. BE critica medidas para pagar "o menos e o mais tarde possível"

07 set, 2023 - 13:23 • Lusa

Para Mariana Mortágua, as medidas apresentadas pelo Governo fazem crer às que pessoas que “vão ter um apoio que depois nunca chegam a ter”.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, acusou esta quinta-feira o Governo de criar medidas para pagar o "menos e o mais tarde possível", não resolvendo os problemas com que se debatem os cidadãos.

“O Governo tem esta forma de apresentar medidas que é pagar o menos possível, o mais tarde possível e normalmente o resultado é que isso não resolve problema nenhum e enreda as pessoas em apoios complicados que nunca são para hoje, que nunca são para já, que têm sempre condições de recurso”, lamentou.

Entre várias medidas, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira, em Évora, que por cada ano de trabalho em Portugal, o Governo vai devolver aos estudantes as propinas pagas no ensino público, e adiantou alterações ao IRS Jovem.

À saída de uma reunião com a Associação Académica de Coimbra, que visou abordar a falta de alojamento estudantil no atual ano letivo, Mariana Mortágua realçou a importância de serem criadas medidas claras que resolvam no imediato os problemas com que se debatem os cidadãos.

No seu entender, as medidas apresentadas pelo Governo fazem crer às que pessoas que “vão ter um apoio que depois nunca chegam a ter”.

“Vimos isto nas rendas e estamos a ver isto nas propinas”, acrescentou.

Aos jornalistas, a bloquista defendeu que, se há um problema com as propinas, “pois que a propina seja zero”.

“E se é um problema de habitação, pois que se limitem as rendas e se baixem os juros da habitação. Isto são medidas claras que resolvem o problema da vida das pessoas agora”, sustentou.

Segundo Mariana Mortágua, prometer coisas para o futuro não tem qualquer impacto no momento em que os problemas são identificados e que poderão vir a servir “apenas algumas pessoas”.

“É mais uma forma distorcida de apresentar medidas que nunca vão ao centro do problema. E o centro do problema é o salário, é a propina e o preço da casa. É aí que temos que incidir para dar as respostas que as pessoas querem e merecem ouvir”, concluiu.

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