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Costa admite que construção de residências universitárias está atrasada

13 set, 2023 - 17:40 • João Pedro Quesado com Lusa

O primeiro-ministro garantiu que, "dê por onde der", as residências universitárias têm que estar prontas até ao fim de 2026, o prazo do PRR.

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Foto: Fernando Veludo/Lusa
Foto: Fernando Veludo/Lusa

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira que a construção de novas residências universitárias "está atrasada", e que a resolução do problema do alojamento para estudantes "não é um trabalho acabado".

Na receção dos novos estudantes da Universidade do Porto, António Costa lembrou o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, (PNAES) que vai "duplicar praticamente o número de camas de residências universitárias públicas até 2026", mas admitiu que estas residências "estão atrasadas".

No entanto, para o chefe do Governo, "estaremos muito mais atrasados se não fizermos o que temos de fazer".

Com o PNAES a ser financiado pelo PRR, cujo prazo é o final de 2026, António Costa garantiu que "dê por onde der, é mesmo até essa data que temos que conseguir esse objetivo tão desafiante que é multiplicar por dois o número de camas das residências universitárias".

O primeiro-ministro disse que tem consciência que não pode dizer "aos alunos de hoje que os alunos daqui a 5 anos terão muito menos dificuldade". O que o Governo tem que dizer, considera António Costa, "é que temos que continuar a fazer como temos vindo a fazer, a melhorar em cada ano a ação social escolar", o que "não é um trabalho acabado" e "tem de ser continuado".

"Decidimos prolongar por mais um ano o complemento do alojamento estudantil que, variando de concelho para concelho, varia entre os 263 e os 326 euros por mês, para apoiar o pagamento dos custos dos quartos que, sabemos todos, subiram muito significativamente ao longo da última década", rematou o primeiro-ministro.

Do lado dos estudantes, a presidente da Federação Académica do Porto, Gabriela Cavilhas, apelou a "mais ambição" e a que o problema do alojamento estudantil seja "discutido em sede de Orçamento do Estado, apelo esse repetido por alguns estudantes que se manifestaram no final da cerimónia.
"É incomportável ser de outra cidade e ter que vir estudar para aqui. É a propina, é a alimentação, é o transporte e é sobretudo o preço da habitação, só sendo rico", disse à Lusa Ana Pinto, estudante de Bioquímica.
O primeiro-ministro seguiu depois, acompanhado pela ministra da Ciência e Ensino Superior e da ministra da Presidência, para a inauguração de uma das três residências estudantis criadas ao abrigo do Plano Nacional de Alojamento Estudantil.
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