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Ana Catarina Mendes acusa Governo de Cavaco Silva de ignorar trabalho infantil

15 set, 2023 - 23:06 • Lusa

Ana Catarina Mendes recorreu depois aos números para "lembrar que em 2015, a taxa de abandono escolar era de 13,7% e hoje está nos 6%. No mesmo ano, 40% das pessoas que entravam no mercado de trabalho tinham o ensino secundário, enquanto hoje são 85%".

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A Secretária Nacional do PS, Ana Catarina Mendes, acusou esta sexta-feira no Porto o governo social-democrata de nas décadas de 1980 e 1990 "ter convivido como se nada fosse com o trabalho infantil", respondendo, assim, ao livro de Cavaco Silva.

O livro "O Primeiro-Ministro e a Arte de Governar", do antigo chefe de Governo do PSD (1985-1995) e ex-Presidente (2006-2016), foi hoje apresentado em Lisboa.

"É por isso que quando falamos na arte de bem governar é bom lembrar como na década de 1980 e 1990 [foi um Governo] que conviveu como se nada fosse com o trabalho infantil" assinalando depois que "foi o Governo socialista quem erradicou o trabalho infantil em Portugal".

A também ministra do Governo PS começou a sua intervenção na iniciativa da Juventude Socialista a recordar o ano de 1991, época em que aderiu "à Juventude Socialista para combater a política então levada a cabo pelo então primeiro-ministro, Cavaco Silva".

Ana Catarina Mendes recorreu depois aos números para "lembrar que em 2015, a taxa de abandono escolar era de 13,7% e hoje está nos 6%. No mesmo ano, 40% das pessoas que entravam no mercado de trabalho tinham o ensino secundário, enquanto hoje são 85%".

"É esta a diferença daqueles que nos trazem um saudosismo cinzento dos que trazem para o país o estado social ao serviço das pessoas, de todas as gerações e de apostar nas gerações mais novas", disse. .

Na qualidade de presidente da Federação Distrital do PS do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues interveio na iniciativa da Juventude Socialista para lembrar ser hoje um "dia histórico", o dia em que a "pessoa que nomeou Couto dos Santos, o ministro da Educação que criou as propinas em Portugal, apresentou um livro".

Sobre a obra do antigo político, considerou-o "descontextualizado" e que "visa apenas dizer eu estou cá".

E isso acontece, continuou, porque o antigo Presidente da República "consegue ter mais visibilidade pública que as medidas anunciadas pelo PSD".

Do livro, destacou ainda, "a falta de memória" e a "ideia de que as pessoas esquecem rapidamente o que a direita fez neste país".

O livro, de 226 páginas, que inclui um ensaio original de Cavaco Silva sobre "a arte de governar", reúne artigos publicados sobre temas europeus, económicos e políticos, incluindo "Os políticos e a Lei de Gresham", segundo a qual "a má moeda expulsa a boa moeda", publicado em 2004, quando Pedro Santana Lopes (PSD) era primeiro-ministro.

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