15 set, 2023 - 23:39 • Lusa
O líder nacional da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou hoje que os eleitos do partido para a Assembleia da Madeira nas eleições regionais vão ser os "porta-bandeiras" da transparência e da luta contra a opacidade na região.
"A Madeira merece mais transparência", afirmou Rui Rocha na festa da candidatura que decorreu num espaço de animação na zona oeste do Funchal, integrada no programa da campanha eleitoral.
O responsável da IL considerou ser inaceitável que "em Portugal, em 2023, se tentem ocultar dados, que não haja indicadores, que não haja números, que não se perceba como as coisas estão, que esses indicadores sejam retirados, às vezes quase à força porque há uma opacidade no sistema".
"Nós somos liberais e o que mais detestamos é a opacidade, a falta de transparência", sublinhou.
Rui Rocha assegurou que nas eleições que se realizam a 24 de setembro neste arquipélago, os candidatos da Iniciativa Liberal, se forem eleitos para o parlamento regional, "vão ser os porta-bandeiras da transparência na Madeira".
O líder nacional opinou que "decide-se nas eleições regionais muito do futuro da Madeira e a Iniciativa Liberal quer ser parte desse objetivo".
"Desse futuro da Madeira que queremos com mais riqueza, com mais saúde e com mais transparência", acrescentou.
Rui Rocha apontou que a eleição de um grupo parlamentar para a Assembleia Legislativa da Madeira a 24 de setembro "seria um excelente resultado para a IL, a continuação do crescimento que tem tido, afirmação daquilo que é o partido Liberal de Portugal".
O responsável desta força partidária enunciou que, além da luta pela transparência, uma outra proposta fundamental para a Madeira, é "mais rendimento para os madeirenses".
Para isso, disse ser necessário "começar por fazer uma coisa que nem o Governo socialista nacional, nem o Governo Regional (PSD/CDS) de Miguel Albuquerque fizeram até à data, que é baixar impostos".
Mas, apontou deve ser "baixar impostos com significado, baixar impostos sempre que possível, baixar impostos até o limite daquilo que na Madeira é possível", salientando que "há essa oportunidade na Madeira e não foi utilizada por Miguel Albuquerque".
"É por isso que os madeirenses têm os sacos de compras cada vez mais vazios, porque o nível e o custo de vida subiram, porque os preços subiram, a habitação subiu e Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia [presidência do Governo Regional], assistiu a tudo isso sem esgotar as possibilidade de baixar os impostos aos madeirenses".
Segundo Rui Rocha, "havia maneira de fazer com que a vida dos madeirenses fosse melhor e Miguel Albuquerque não quis fazer, não quis ajudar os madeirenses neste momento difícil".
"A Madeira precisa, a Madeira quer mais, a Madeira tem direito a mais no acesso à saúde", sustentou ainda Rui Rocha.
O líder da IL complementou que só este partido "tem a coragem de trazer à Madeira as propostas, como fez no continente, para fazer um acesso universal à saúde".
O objetivo é permitir que "os madeirenses possam escolher, para que exista concorrência no sistema, a medicina preventiva seja uma prioridade, para que todos possam ter de facto a saúde que merecem", indicou.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
Entre 2007 e 2015, o Movimento Partido da Terra (MPT) estava representado na Assembleia Legislativa Regional com um deputado, mas, nos últimos dois atos eleitorais, não conseguiu eleger.