16 set, 2023 - 22:50 • Lusa
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às eleições madeirenses rejeitou hoje as "palermices" da oposição sobre a política fiscal do Governo Regional, assegurando que nos últimos quatro anos foram devolvidos 420 milhões de euros às famílias e empresas.
"Todos sabem, ao contrário das bacoradas e das palermices que andam por aí os demagogos a dizer pelos cantos, foi este Governo [Regional] que resolveu reduzir os impostos na Madeira, ao contrário do que se passa em Lisboa", afirmou Miguel Albuquerque, que lidera desde 2015 o executivo madeirense, num comício de campanha na Ribeira Brava.
Contraponto com o que se passa na Madeira, Miguel Albuquerque acusou o Governo da República, de maioria socialista, de ter feito o "maior saque fiscal de sempre na História", retirando mais de 87 milhões de euros aos contribuintes.
Na Madeira, e ao contrário do que vão dizendo as "forças políticas da bacorada", o executivo de coligação PSD/CDS-PP devolveu "420 milhões de euros" às famílias e às empresas nos últimos quatro anos, disse.
"Nós temos um sistema fiscal dos mais baixos da Europa e se não fossem as limitações impostas por Lisboa ainda era mais baixo e nós estamos a fazer tudo para termos essa capacidade de reduzir ainda mais os impostos para as empresas e para as famílias", assegurou.
Antes, Miguel Albuquerque falou também do turismo, destacando os mais de nove milhões de dormidas registadas da Madeira no ano passado, as 43 companhias aéreas que operam atualmente no aeroporto da região, com 91 rotas diretas.
"As pessoas queixam-se que andam à procura de pessoas para trabalhar porque temos neste momento o desemprego mais baixo desde há 16 anos, temos 127 mil madeirenses e porto-santenses empregados", acrescentou, falando numa "economia dinâmica" e uma "sociedade que está próspera".
Dirigindo-se, depois, em particular para a plateia que o ouvia em frente ao palco colocado na frente mar da Ribeira Brava, na zona sul da ilha, o cabeça de lista da coligação Somos Madeira prometeu concluir as obras daquela zona, assim como fazer o novo nó do Campanário e construir um auditório no concelho.
Na sua intervenção, o líder do CDS-PP/Madeira e número dois na lista da coligação, Rui Barreto, também deixou uma palavra para a população do concelho, em especial os emigrantes venezuelanos, recordando que o seu pai também esteve vários anos naquele país sul-americano.
"Foram as remessas dos emigrantes que mataram a fome à Madeira antes da adesão à Comunidade Económica Europeia", lembrou, falando igualmente dos que entretanto regressaram com a crise.
"Não fizemos nenhum favor em vos receber", garantiu.
Nas anteriores eleições regionais, em 2019, o PSD falhou pela primeira vez a maioria absoluta num sufrágio na região desde 1976, optando por celebrar um compromisso de coligação com o CDS-PP para garantir a sua continuidade na governação. .
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, os sociais-democratas elegeram 21 deputados e o CDS-PP três deputados parlamentares. O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.