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Montenegro diz que "não é não" e exclui Chega de "acordo político de governação"

27 set, 2023 - 20:56 • Lusa

O presidente do PSD excluiu o partido Chega de qualquer "acordo político de governação" que venha a ter de fazer no futuro.

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O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que "não é não" e excluiu o partido Chega de qualquer "acordo político de governação" que venha a ter de fazer no futuro, dizendo que "não vale a pena alimentar mais este assunto".

Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, no final de reuniões com sindicatos e associações na área da educação, Luís Montenegro foi questionado sobre a declaração que fez na noite eleitoral da Madeira, em que disse que não haveria qualquer solução governativa nem na Região nem no Continente com este partido.

"O mesmo é dizer que nós não vamos governar nem a Madeira, nem o país com o apoio do Chega, porque não precisamos", salientou, no domingo, Luís Montenegro.

Hoje, desafiado a clarificar o que acontecerá se precisar do partido liderado por André Ventura após as próximas legislativas, respondeu: "É muito simples, não é não".

"Eu nunca farei um acordo político de governação com o Chega", disse, considerando que tem sido claro desde o Congresso do PSD, no verão de 2022.

"Sei que se faz uma grande teorização acerca da fórmula que escolhi para exprimir a minha posição -- foi sempre a mesma, por ventura de maneiras diferentes. Chegou uma altura em que não vale a pena alimentarmos mais esse assunto: não é não", reforçou.

Questionado como agirá se um dia precisar do Chega para ser primeiro-ministro, Montenegro remeteu uma vez mais para as suas declarações no Congresso do PSD.

"Se algum dia eu estiver confrontado com um cenário em que tenha de abdicar dos meus princípios e valores e da minha palavra eu não vou claudicar, vou sempre estar do lado dos meus princípios e dos meus valores. Não é não, ponto final", repetiu.

Desafiado a "escolher" entre IL e PAN, Montenegro repetiu que "há uma força política" que o PSD exclui, referindo-se ao Chega.

"Quando tiver de escolher significa que já venci as eleições legislativas e terei de formar uma maioria parlamentar", acrescentou.

Questionado se essa posição de exclusão do Chega é extensível aos Açores, onde o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o partido de André Ventura, Montenegro apenas respondeu que acompanhará as eleições previstas para o próximo ano nessa região autónoma "com o desejo de que o resultado seja igual ou melhor" ao da Madeira, em que o partido ficou a um deputado da maioria absoluta.

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  • ze
    27 set, 2023 aldeia 23:07
    Então ou nunca será 1ºministro ou só poderá governar em coligação com o outro ps.

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