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OE 2024

Bloco de Esquerda. Excedente em 2023 mostra Governo com "insensibilidade social"

06 out, 2023 - 14:27 • Lusa

À saída da reunião com o Governo para apresentação das linhas gerais do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, sublinhou que "há muito tempo" que estes encontros não servem para dar grandes novidades, o que "mostra bem como a oposição é tratada neste tipo de reuniões".

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O BE considerou esta sexta-feira que o excedente orçamental em 2023 mostra um Governo com "insensibilidade social" que tem como prioridade "ser o cobrador de fraque" e não responder às dificuldades das pessoas.

À saída da reunião com o Governo para apresentação das linhas gerais do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, sublinhou que "há muito tempo" que estes encontros não servem para dar grandes novidades, o que "mostra bem como a oposição é tratada neste tipo de reuniões".

"A grande novidade é relativa à existência da previsão do Governo de um excedente para o ano de 2023, o que mostra como durante o ano de 2023 o Governo não está a fazer tudo o que podia para ajudar as pessoas num momento tão difícil, seja na habitação, seja nos serviços públicos, seja no salário", referiu.

Na análise de Pedro Filipe Soares, um Governo que, apesar de ter uma margem orçamental não a usa para ajudar as pessoas, "tem uma insensibilidade social que não se espera que o próximo Orçamento do Estado tenha um virar de página nesta realidade".

Sem ter recebido da parte do Governo um quadro macroeconómico com números concretos para o OE2024, o líder parlamentar do BE afirmou que foi confirmado "o óbvio", ou seja, que "haverá um excedente orçamental no ano de 2023", algo que os bloquistas asseguram já ter "dito há vários meses que iria acontecer".

"Há um Governo que não tem na prioridade responder às dificuldades do país, antes tem na prioridade ser o cobrador de fraque que, apresentando excedentes quando não deveria, mostra uma margem que não usa para salvaguardar as pessoas nas coisas fundamentais", criticou.

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