07 out, 2023 - 09:27 • Pedro Mesquita com redação
O Governo e os parceiros sociais deverão assinar este sábado, antes do Conselho de Ministros, um acordo para "melhoria dos salários e da competitividade" que será apresentado pelas 12h no Conselho Económico e Social (CES), em Lisboa.
Em comunicado, o Ministério do Trabalho indica que, a essa hora, será apresentado o "Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade", que não conta com o apoio da CGTP, que também não tinha assinado o acordo do ano passado, agora revisto.
De fora está também a CIP. À Renascença, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, confirma que não estará presente na assinatura do reforço do acordo de rendimentos, por ficar aquém das expectativas dos patrões.
Na quarta-feira, a secretária-geral da CGTP demarcou-se am absoluto da proposta de um 15.º mês de vencimento (livre de impostos) apresentada pela CIP em concertação social, insistindo que o salário mínimo deveria atingir os 910 euros em janeiro e os mil no final de 2024.
"A prioridade das prioridades para a CGTP-IN é o aumento significativo de todos os salários. Temos uma proposta de 15% com pelo menos mais 150 euros para todos os trabalhadores em 2024. Quem produz a riqueza são os trabalhadores, que precisam de ser dignificados ao nível dos seus salários", defendeu Isabel Camarinha.
Ontem, a ministra da Presidência assegurou que o Governo e os parceiros sociais estão a negociar o aumento do salário mínimo nacional para 820 euros em 2024, garantindo que a base remuneratória da função pública nunca será inferior.