12 out, 2023 - 19:38 • Tomás Anjinho Chagas
Disse não querer comentar, mas Cavaco Silva diagnostica que existe um "grau de ilusão e anestesia fiscal" na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), apresentado esta semana pelo Governo de António Costa.
Ao chegar à apresentação do livro de António Pinto Leite, o antigo primeiro-ministro e Presidente da República, advertiu que não é "comentador de Orçamentos", mas não resistiu a adjetivá-lo.
"Sabem que não sou comentador de Orçamentos e, para além disso, não tenho informação suficiente sobre o grau de ilusão e anestesia fiscal que está presente neste O e nesta apresentação política, por isso não posso dizer-vos nada sobre o assunto", atirou Cavaco Silva.
Ao dizer que não queria comentar, comentando, o antigo líder do PSD ia a entrar para a Morais Leitão, onde decorreu a apresentação do livro, quando os jornalistas insistiram. Há ilusão?
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Cavaco Silva não respondeu diretamente: "Os conceitos de ilusão e anestesia fiscal são muito importantes para analisar a apresentação pública de um Orçamento", secou o antigo Presidente da República.
No plano teórico, Cavaco Silva explicou que esses conceitos foram introduzidos no início do século XX por Amilcare Puviane, e lembra que fez "um estudo aprofundado precisamente sobre a ilusão e anestesia fiscal".
OE2024
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Na apresentação do livro "Não Há Vidas Grátis", de António Pinto Leite (militante do PSD), marcou presença o estado-maior da direita portuguesa. Pedro Passos Coelho, Aníbal Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, Paulo Portas, António Lobo-Xavier e ainda outras figuras da política, como o ex-ministro Pedro Siza-Vieira.
O livro, editado pela Sopa de Letras, conta com o prefácio do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
À saída, os jornalistas tentaram quebrar o silêncio de Pedro Passos Coelho, mas o antigo primeiro-ministro saiu como entrou: fechado em copas.