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Buscas em São Bento

"Insustentável". Frente Cívica defende demissão de Costa, "se se confirmarem suspeitas"

07 nov, 2023 - 10:31 • André Rodrigues

João Paulo Batalha considera que, de todos os casos envolvendo membros do Governo, este será o mais grave de todos. E admite que, caso se confirmem as suspeitas de crime por parte de elementos próximos de Costa, é a própria sobrevivência de todo o Governo que está em causa.

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António Costa poderá não ter condições para se manter como primeiro-ministro, caso se confirmem as suspeitas da prática de crime por parte de elementos do Governo no negócio da exploração de lítio em Trás-os-Montes.

A posição é expressa na Renascença pelo vice-presidente da Frente Cívica: “se se confirmarem suspeitas desta gravidade e detenções relacionadas diretamente com a prática de crimes de duas pessoas próximas do Primeiro-Ministro, que à partida só se envolveriam neste negócio por instruções do Primeiro-Ministro, fica insustentável para António Costa permanecer em funções”, defende João Paulo Batalha.

Para o consultor em política anticorrupção, de todos os casos e polémicas envolvendo elementos do Executivo de António Costa, este é “o mais grave e é seguramente gravíssimo, porque, se se confirma que foi detido o chefe de gabinete do Primeiro-Ministro e um consultor que é amigo próximo do Primeiro-Ministro, e amigo de confiança para negócios formais e informais como vimos na TAP, é muito difícil estas pessoas serem suspeitas de crimes que não envolvam o próprio Primeiro-Ministro, porque são pessoas de confiança pessoal direta de António Costa”.

João Paulo Batalha ressalva, contudo, um ponto positivo: a atenção das autoridades judiciais, sobretudo por tratar-se de uma investigação que visa elementos do Governo: “é fundamental que haja essa essa independência e que as coisas, apesar de tudo, andem, sem comprometer o segredo de Justiça, a eficácia da investigação sobre o que está em causa”.

Batalha lembra que um caso desta dimensão “tem implicações políticas diretas e imediatas” e que, portanto, “António Costa não vai poder simplesmente dizer que ‘à justiça o que é da justiça’.

Esta terça-feira, o Ministério Público está a realizar buscas relacionadas com um processo que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o ex-ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e o empresário Diogo Lacerda Machado. A informação está a ser avançada pela SIC.

Segundo o jornal "Público", a PSP está a realizar buscas em diversos ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, no Palácio de São Bento e há pelo menos cinco detidos.

Ainda de acordo com o jornal, entre os detidos estão o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, bem como Lacerda Machado, empresário e consultor de António Costa, e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas.

A operação deve-se a uma investigação sobre os negócios do lítio e hidrogénio.

As buscas já foram confirmadas, no entretanto, pelo Ministério do Ambiente.

António Costa, que estaria a caminho do Porto para participar no Tomorrow Summit, está neste momento em Belém para falar com Marcelo Rebelo de Sousa.

Contactada pela Renascença, a Polícia Judiciária assegura que não está envolvida na operação.

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  • Sara
    07 nov, 2023 Lisboa 11:06
    E por que é que a situação daquela pessoa que se chama Isabel não andou para a frente?

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