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Arguidos detidos começam a ser ouvidos pelo juiz no Campus de Justiça

09 nov, 2023 - 04:49 • Lusa

Os cinco arguidos detidos estiveram na quarta-feira no tribunal, tendo as respetivas defesas consultado o processo, para tomar conhecimento dos factos imputados pelo Ministério Público.

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Os arguidos detidos no âmbito do inquérito que investiga negócios de exploração de lítio e hidrogénio começam, esta quinta-feira, a ser ouvidos pelo juiz no Campus de Justiça, em Lisboa, depois de na quarta-feira terem sido identificados.

Os cinco arguidos detidos estiveram na quarta-feira no tribunal, tendo as respetivas defesas consultado o processo, para tomar conhecimento dos factos imputados pelo Ministério Público.

Neste processo, segundo a Procuradoria-Geral da República, podem estar em causa os crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.

Esta quinta-feira, devem iniciar-se os interrogatórios, conduzidos pelo juiz de instrução criminal Nuno Dias Costa.

O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e Afonso Salema, administrador da sociedade Start Campus, detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde, vão prestar declarações no interrogatório judicial.

A operação de terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos.

Este processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real, um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um 'data center' na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

Deste caso, decorre uma investigação autónoma ao primeiro-ministro, no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados, o que levou António Costa a apresentar a sua demissão.

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