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Eleições antecipadas

"Não há desculpas". André Ventura quer maioria parlamentar de direita

09 nov, 2023 - 20:12 • Ricardo Vieira e Daniela Espírito Santo

"Vamos para estas eleições com o objetivo de as vencer", diz líder do Chega.

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"Agora, nenhum partido à direita tem desculpa. Nós temos de ter uma maioria parlamentar", declarou o presidente do Chega, André Ventura, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.

André Ventura falava após o Presidente da República anunciar a convocação de eleições antecipadas para 10 de março.

O líder do Chega acredita que este é o momento para a direita ocupar o poder em Portugal, após oito anos de governação socialista.

"Vamos lutar por essa maioria. Este é o momento para esta transformação e de responsabilizar o Governo de António Costa", disse André Ventura.

Numa primeira reação à data de 10 de março para as eleições antecipadas, o líder do Chega diz que preferia legislativas no final de fevereiro.

Para o deputado, Portugal fica, entre as eleições e um orçamento aprovado, numa "situação um pouco aberrante", tendo em conta que o próximo Governo, que Ventura espera que seja "diferente deste", que "seja de direita", "terá de governar com o orçamento do Partido Socialista".

"Terá de começar os seus primeiros meses a lidar com os instrumentos orçamentais, fiscais e económicos do Partido Socialista e isto é negativo", acrescenta. "Teremos aqui um cenário um pouco bizarro de estarmos a discutir um orçamento que, uns meses depois, um novo Governo vai querer retificar", adianta, explicando que tentou alertar Marcelo "para a situação". Ventura defendia, de resto, que "o final de fevereiro poderia ter sido uma solução".

"Assim, o que vai acontecer é que o primeiro semestre do próximo ano, do ponto de vista económico, está absolutamente ocupado por este Orçamento do Estado", lamenta, salientando que, para si, o orçamento "não é bom para as famílias, para as empresas" e "aumenta a carga fiscal", pelo que aprová-lo é "uma solução que nos continua a amarrar e a prender ao governo socialista e ao passado que António Costa deixa".

Apesar disso, Ventura admite que "era importante dar o tempo e o espaço para a eleição do novo secretário geral do PS", pelo que reconhece que "a solução encontrada garantiu algum equilíbrio".

O partido, assume, vai para estas eleições "para assegurar uma alternativa de Governo". "Vamos para estas eleições com o objetivo de as vencer", remata.

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