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Agenda política fica marcada pelas reações à antecipação das eleições para março de 2024

10 nov, 2023 - 03:55 • Lusa

Além das reações partidárias previstas, do PCP, BE e Chega, as atenções vão virar-se para a Assembleia da República.

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A agenda política ficará desta sexta-feira marcada pelas reações à antecipação das eleições para março de 2024, decidida pelo Presidente da República, como forma de ultrapassar a crise política causada pela demissão do primeiro-ministro, António Costa.

Além das reações partidárias previstas, do PCP, BE e Chega, as atenções vão virar-se para a Assembleia da República.

À tarde, está prevista uma audição sobre o Orçamento do Estado de 2024, do ministro das Infraestruturas, João Galamba, e também arguido no processo judicial em que o nome de António Costa surge associado e levou à sua demissão.

E logo pela manhã, o parlamento começa a reprogramar o calendário de trabalhos até à dissolução.

O gabinete do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, informou que a conferência de líderes, agendada para hoje de manhã, tem como objetivo avaliar o impacto da crise política nos trabalhos parlamentares.

Antes de dissolução, os deputados vão ainda votar o Orçamento do Estado do próximo ano apresentado pelo Governo do PS, que, inicialmente, tinha a votação prevista para dia 29.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e o 'data center' de Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

Na investigação, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

Segundo a indiciação, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público (MP) considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo 'data center'.

António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça.

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