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Localização do novo aeroporto será do futuro Governo, diz Galamba

10 nov, 2023 - 18:38 • Miguel Marques Ribeiro , Manuela Pires

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou no Parlamento que um Governo em gestão não pode tomar uma decisão vinculativa. Os prazos que apontavam para janeiro de 2024 vão ter que ser revistos.

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O ministro das infraestruturas, João Galamba afirmou esta sexta-feira, no Parlamento, que não vai ser possível tomar uma decisão sobre a localização do novo aeroporto dentro do prazo previsto, que apontava para janeiro do próximo ano.

"Era intenção deste governo tomar a decisão - aliás, como tinha sido articulado com o maior partido da oposição- no início de 2024. Mas essa é uma decisão que um governo de gestão não pode tomar, pelo que terá que ser tomada pelo próximo Governo", declarou o ministro durante uma audição Parlamentar realizada no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento 2024 nas comissões de Orçamento e Finanças e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação..

A nova conjuntura política, que resultou da demissão de António Costa e da dissolução do Parlamento decidida pelo Presidente da República, vai assim interferir no planeamento que estava previsto. No entanto, Galamba garante que o "Governo, e em particular a área das infraestruturas, terá tudo preparado para que essa decisão possa ser tomada" a partir de março, quando o novo executivo entrar em funções.

O ministro defendeu a "seriedade técnica do relatório" que está a ser preparado pela Comissão Técnica Independente (CTI), que estuda a localização da nova infraestrutura, e realçou que os prazos previstos estão a ser cumpridos.

Galamba realçou ainda que a comissão técnica independente vai apenas apresentar as vantagens e desvantagens de cada localização. A decisão caberá sempre ao Governo.

No entanto, o deputado do Iniciativa Liberal, Guimarães Pinto, pôs em causa a neutralidade dos membros da CTI mencionando terem sido "encontrados casos de elementos da CTI que demonstraram a preferência por Alcochete no passado".

O ministro das Infraestruturas foi constituído arguido no âmbito da "Operação Influencer", nesta terça-feira, pela participação em negócios relacionados com o lítio e o hidrogénio verde.

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