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São Bento à Sexta

PSD acusa Costa de encontrar "narrativa mal-amanhada" ao culpar parágrafo da PGR

10 nov, 2023 - 18:08 • Susana Madureira Martins , Tomás Anjinho Chagas

Líder parlamentar do PSD acredita que António Costa nunca teria condições para se manter no cargo. Sobre Centeno ter sido apresentado como substituto, Joaquim Miranda Sarmento questiona se tem condições para se manter como governador do Banco de Portugal.

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O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, acredita que a justificação de que o primeiro-ministro, António Costa, se demitiu por causa de um parágrafo na nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) se trata de uma "narrativa mal-amanhada".

Durante o debate desta sexta-feira no São Bento à Sexta, programa de política da Renascença, o líder da bancada social-democrata sugere que "não cabe na cabeça de ninguém" que António Costa se mantivesse no cargo.

"Na terça-feira, o primeiro-ministro ensaiou uma narrativa - que tem sido reproduzida nos últimos dias - que a sua demissão se deve ao último parágrafo do comunicado do Ministério Público. É preciso desmontar essa narrativa, porque ela não corresponde à realidade", argumenta Miranda Sarmento.

O presidente da bancada do PSD no Parlamento defende que o primeiro-ministro "não tinha condições objetivas" para se manter no cargo depois dos desenvolvimentos (um deles a apreensão de mais de 75 mil euros no gabinete de Vitor Escária).

Por isso, Miranda Sarmento classifica essa justificação como uma "narrativa mal-amanhada" encontrada pelo chefe de Governo demissionário.

Contrariando o que disse o líder parlamentar do PS no debate, o social-democrata acredita que a nota da Procuradoria-Geral da República tinha de mencionar António Costa.

"Deveria a PGR ter omitido isso do comunicado? Deveria ter dito mais? Provavelmente não, mas menos é que não poderia ter dito", defende Miranda Sarmento.

O líder da bancada do PSD atira-se ao PS ao falar numa "teia socialista que se começou a formar nos últimos anos de Guterres, que se consolidou com José Sócrates e que António José Seguro tentou desmontar”.

Galamba e Centeno têm condições para se manter?

Joaquim Miranda Sarmento admite que o PS "tinha legitimidade" para apresentar uma alternativa e tentar evitar eleições antecipadas (tal como o fez), no entanto, questiona se o governador Mário Centeno chegou a aceitar a proposta de António Costa e coloca em causa a independência do Banco de Portugal.

Já em relação à permanência de João Galamba no Governo depois de ser constituído arguido na operação "Influencer", que culminou com a demissão de António Costa, Miranda Sarmento não compreende porque é que o ministro das Infraestruturas se mantém em funções.

"É incompreensível como é que o próprio se mantém, e como é que o primeiro-ministro precisa de falar com Presidente da República sobre a permanência do ministro João Galamba”, lamenta o líder parlamentar do PSD.

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