25 nov, 2023 - 20:08 • Tomás Anjinho Chagas
Luís Montenegro acusa o PS de querer "aparecer como vítima" da crise política que o país atravessa, provocada pela demissão do primeiro-ministro, António Costa, depois de ser envolvido na Operação Influencer,
No discurso de encerramento do 41º do PSD, o líder social-democrata coloca os protagonistas do PS no mesmo plano: "São todos farinha do mesmo saco", atira Montenegro.
Por todos, o líder do maior partido da oposição refere-se a António Costa, que está de saída, Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, candidatos à liderança do PS.
Numa atenção especial, Montenegro dirigiu-se a Cavaco Silva que apareceu de surpresa no Congresso para o classificar como o político "responsável pelo maior legado do pós-25 de abril" e prometeu que o antigo primeiro-ministro e presidente da República será uma "inspiração" se o PSD vencer as eleições em março de 2024.
Montenegro diagnostica que o país "precisa de pagar menos impostos" e por isso aproveita para lançar a campanha eleitoral com novas propostas.
Para os jovens, o líder do PSD quer que paguem um terço do IRS que pagam atualmente.
Aos mais velhos, Montenegro deixa a promessa: “contem connosco para aumentar as reformas” e revela que o partido propõe "colocar o complemento solidário para idosos nos 820 euros". Por outras palavras, promete que se ganhar eleições, todos os idosos vão ganhar pelo menos 820 euros por mês até ao final da legislatura (2028).
Quanto aos professores, classe que tem estado em sucessivas greves, o PSD volta a propor a "reposição integral do tempo de serviço dos professores".
Apesar de criticar muitas das decisões tomadas pelo PS, Montenegro considera que o aumento do salário mínimo nacional "foi uma boa decisão" por parte dos socialistas, mas condena a estagnação do salário médio.
Sobre os custos destas medidas, Montenegro garante que o PSD "fez as contas" e assegura que são viáveis do ponto de vista orçamental. No seguimento aproveitou para criticar os "cristãos novos das contas certas", referindo-se a uma das principais bandeiras do PS nos últimos anos.
Num exercício de reflexão pessoal, o líder do PSD eleito no verão de 2022 prometeu "ser melhor" para se tornar primeiro-ministro.
Montenegro garante, apesar disso, que "ouve as pessoas" e assinala que "não se trancou no gabinete" desde que se tornou líder do partido e acredita que sai deste congresso com mais força para vencer eleições.