25 nov, 2023 - 19:24 • Manuela Pires
O antigo ministro de Durão Barroso, Nuno Morais Sarmento, pediu esta tarde ao líder do partido para que estimule o CDS e a IL a alcançar, depois das eleições de março, uma base de entendimento acreditando que Luís Montenegro vai ganhar as eleições.
“Era muito importante que, não tendo querido esses partidos formar uma coligação, sejam por nós estimulados a mesmo antes das eleições anunciarem a disponibilidade de todos para essa base comum”, disse, considerando que basta manifestarem a disponibilidade para conversar depois de 10 de março com o PSD e “com os restantes partidos das forças da direita democrática” referiu no congresso do PSD em Almada.
O antigo dirigente social-democrata e ministro de Durão Barroso deixou também a Luís Montenegro outros conselhos, o primeiro para ter apenas o foco nas eleições de março e o segundo que o adversário é o partido socialista.
Morais Sarmento avisou ainda Luís Montenegro para ter muito cuidado com António Costa, que na sua opinião “montou um teatro em três atos”.
“Cuidado, se António Costa, que é jurista como eu, foi capaz de perante a notícia daquele último parágrafo da Procuradoria apresentar a demissão, dizer que poderá ser provavelmente constituído arguido, que poderia ter um processo criminal contra ele. Tudo isto, no fundo, o que ele está a fazer é um teatro em três atos”, afirmou perante os congressistas.
Para Nuno Morais Sarmento, o primeiro ato foi António Costa falar de um processo-crime contra ele “que não existe”, na possibilidade de ser constituído arguido “que não está em cima da mesa”.
A dramatização, segundo Morais Sarmento, vai terminar perto das eleições com a inocência de António Costa.
“O terceiro ato seja, antes das eleições, António Costa ser ilibado de qualquer suspeita e poder surgir nesse momento como o António Costa inocente” concluiu Morais Sarmento.
O antigo ministro de Pedro Passos Coelho acusou esta tarde, no congresso do PSD, o partido socialista de querer “habituar o país à mediocridade” dizendo que "o PS normalizou a mediocridade na economia, e agora quer normalizar a mediocridade na política".
“Que é normal o chefe de gabinete de um primeiro-ministro ter 75 mil euros em notas escondidas na sala ao lado do primeiro-ministro, que é normal os quadros públicos serem escolhidos de acordo com o partido e não com o mérito, que é normal pessoas com comportamentos profundamente suspeitos e eticamente reprováveis atinjam os mais altos cargos da nação incluindo ser primeiro-ministro” referiu Miguel Poiares Maduro.
O antigo ministro social-democrata defendeu ainda que o país não precisa apenas de mudar de governo, mas acima de tudo de mudar a forma de governar.
"É esta nova forma de governar e entender a política que o Luís Montenegro promete e vai trazer ao país. Mas a responsabilidade por a cumprir é tanto dele como nossa" alertou Miguel Poiares Maduro.