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PSD diz que candidatos ao PS não têm moral para falar em cortes de pensões

27 nov, 2023 - 13:13 • Lusa

"Foram também eles que, há um ano, decidiram um corte de mil milhões de euros nas pensões dos portugueses e que apenas a pressão do PSD o fez reverter", acusa PSD.

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O PSD acusou nesta segunda-feira os dois candidatos à liderança do PS de andarem "a fingir que não foram membros deste Governo", dizendo que faziam parte do executivo socialista que quis "cortar mil milhões de euros nas pensões".

"A campanha interna do PS está a entrar num caminho perigoso de descolamento da realidade e de tentativa de branqueamento da realidade. Os dois candidatos andam a fingir que não foram membros deste Governo, que António Costa decidiu sozinho", criticou o vice-presidente do PSD António Leitão Amaro, em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido.


O dirigente do PSD respondia às críticas de Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro à medida anunciada no sábado pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, no Congresso do partido, de uma subida do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos para 820 euros no final da próxima legislatura (em 2028) se vencer as legislativas antecipadas de 10 de março.

"Foram também eles que, há um ano, decidiram um corte de mil milhões de euros nas pensões dos portugueses e que apenas a pressão do PSD o fez reverter", afirmou Leitão Amaro.

O 'vice' do PSD responsabilizou também o PS por, há mais de uma década, ter "conduzido o país à bancarrota" e acordado com a 'troika' um corte não só das pensões mas dos salários dos funcionários públicos.

"Se não há moral para falar sobre ajustes em pensões é seguramente do PS, que há um ano com estes candidatos - não foi António Costa sozinho - a pertencerem àquele Conselho de Ministros que, há um ano, decidiu cortar mil milhões de euros em pensões", disse.


No ano passado, o PSD contestou a solução inicialmente apresentada pelo Governo para a atualização de pensões, que passava pela atribuição aos pensionistas de um suplemento extraordinário equivalente a meia pensão, pago em outubro de 2022, e por aumentos em 2023 entre os 3,53 e os 4,43%, inferiores ao previsto segundo a fórmula de cálculo em vigor.

No entanto, já em abril deste ano, o Governo anunciou um aumento intercalar das pensões em 3,57% a partir de julho, garantindo na totalidade o cumprimento dos valores previstos na lei.

Questionado sobre o desafio de Pedro Nuno Santos para que o PSD apresente as contas sobre a medida que anunciou no Congresso, Leitão Amaro respondeu que "se há Governo e partido do qual os portugueses podem desconfiar é do PS".

"O PSD apresentará as suas contas para esta e para as várias medidas com o seu cenário macroeconómico", disse, garantindo "a sustentabilidade do pacote global".

António Leitão Amaro defendeu que o compromisso do PSD com os pensionistas "não é de hoje", salientando que foi um Governo liderado pelo social-democrata Cavaco Silva que criou o 14.º mês para este setor, e aproveitou para insistir nas críticas aos candidatos à sucessão de António Costa.


"Estes candidatos, como este Governo, são responsáveis pelo pântano ético e político, pelas trapalhadas, pelo caos na saúde, pela guerra nas escolas, pela carga fiscal para os serviços públicos mínimos", disse.

Em particular, Leitão Amaro salientou "a irresponsabilidade e trapalhadas" do ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, aludindo ao episódio do acordo dado por 'whatsapp' à indemnização à administradora da TAP Alexandra Reis ou por "ter achado que podia pela calada da noite" decidir sozinho a localização do novo aeroporto.

"Para um país é tão perigoso ter ministros que cometem erros destes como ter ministros que não assumem a sua responsabilidade", disse, manifestando-se confiante de que os portugueses "não o esquecerão" na sua avaliação nas próximas eleições.

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