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Falhou compra da Lusa pelo Estado por "falta de consenso político alargado"

30 nov, 2023 - 20:33 • Lusa

Fonte do PSD disse à Renascença que o partido era contra a realização do negócio nesta altura, com o Governo em gestão até às eleições de 10 de março.

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O processo de compra, pelo Estado, de 45,7% da agência Lusa, pertencentes à Global Media e à Páginas Civilizadas, falhou por "falta de um consenso político alargado", anunciou esta quinta-feira o Governo.

"No momento atual, não existindo um consenso político alargado, a operação revelou-se inviável", lê-se num comunicado do Ministério da Cultura, intitulado "Estado não adquire participações sociais na Lusa".

No texto, o Ministério da Cultura afirma que "caberá ao próximo Governo assumir as suas responsabilidades e encontrar uma solução que garanta o salutar pluralismo, independência e salvaguarda do serviço público prestado pela Lusa - essencial para o conjunto da comunicação social".

Nas "circunstâncias da atual situação política", o Governo considera, no comunicado, que não tem condições de tomar esta decisão.

O atual Governo do primeiro-ministro demissionário, António Costa, não deve fechar o negócio da compra das ações da Global Media na Agência Lusa, defendeu esta quinta-feira o PSD.

O PSD foi contactado pelo Governo e a resposta foi "não". Fonte da direção do partido revelou à Renascença que o PSD foi questionado sobre o negócio, mas respondeu que, por se tratar de uma matéria sensível, a compra das ações da Global Media Group na Lusa não deve ser decidido por este executivo e a poucos meses das eleições antecipadas de 10 de março de 2024.

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