02 dez, 2023 - 11:57 • Sandra Afonso , Marta Pedreira Mixão
O líder do PSD, Luís Montenegro, defendeu este sábado, durante uma reunião do Conselho Estratégico Nacional (CEN), que as políticas do acordo parlamentar do PS com o Bloco de Chega e o PCP não terminaram no primeiro Governo de António Costa.
“O Governo da geringonça dura até hoje. Ou alguém notou alguma diferença depois de a geringonça de papel escrito se ter transformado em geringonça só de conversa, e depois do escrito e da conversa ter passado a coisa informal? ninguém notou essa diferença. Mesmo com uma maioria absoluta, o Partido Socialista seguiu sempre as bases da política da geringonça. Sempre", afirma.
Luís Montenegro assegura ainda que esta foi uma má política para os portugueses, ao contrário do que querem vender.
“Isto é uma espécie de intimidação política, que é querer incutir às pessoas que um determinado contexto governativo teve muito sucesso. Não, a geringonça com os três partidos ou só com o Partido Socialista foi má para a vida das pessoas”, declarou.
O líder do PSD aponta vários exemplos do impacto da governação socialista, da saúde à educação, onde defende que quem pode prefere o ensino privado.
“Foi com o Partido Socialista, com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista que se atingiu este número. 25% dos alunos do ensino secundário em Portugal frequentam colégios privados. Quem são esses alunos? São os têm mais dinheiro? Está se a criar uma injustiça grande na sociedade portuguesa à conta das políticas da geringonça”.
Num encontro do Conselho Estratégico Nacional, Luís Montenegro enumerou ainda as prioridades do PSD para o futuro, da habitação à saúde, passando pelos transportes, economia e pelo combate à corrupção.
“Ter um contrato social novo que garanta que todos tenham uma oportunidade. Mas é preciso criar riqueza. É preciso incentivar o investimento, não afugentar o investimento, que é aquilo que muitas vezes tem acontecido em Portugal. E é, finalmente, preciso também ter uma vida pública e política cada vez mais transparente e que possa erradicar a corrupção política, económica e financeira”, afirma.
Se for a eleito a 10 de março, Montenegro promete desde já que o novo símbolo institucional do Governo, sem esfera armilar, quinas e castelos, não será a referência do novo Governo.
“No nosso projeto, não fazemos sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de ser mais sofisticado. Connosco não há disso. Já chega, já chega de política de plástico”, conclui.